Chefe da segurança de Shandong substituído depois da fuga do advogado cego chinês Chen Guangcheng

13/06/2012 02:00 Atualizado: 13/06/2012 02:00

A mídia estatal chinesa revelou recentemente, de uma forma tipicamente opaca, que o secretário do Partido Comunista Chinês (PCC) do Comitê dos Assuntos Político-Legislativos (CAPL) de Shandong foi substituído. Oficiais da segurança de Shandong eram responsáveis pelo tratamento do advogado cego de direitos humanos Chen Guangcheng, que escapou de sua casa fortemente guardada no município de Linyi, nesta mesma província, em abril.

Nenhum anúncio foi feito sobre a mudança do cargo, mas em 29 de maio o nome de Cai Limin, de 58 anos, não aparecia mais na lista de oficiais do CAPL, segundo um artigo da mídia estatal. O significado era claro.

Então, em 5 de junho, num artigo do Xinhua, uma mídia porta-voz do regime chinês, o ex-vice-governador da província de Shandong, Cai Limin, apareceu na mídia como secretário do CAPL em Shandong. A mudança estava completa.

A experiência de Cai Limin não é nas forças de segurança. Isso faz a mudança em Shandong parte de uma tendência paralela nos quadros de oficiais do CAPL pela China, em que a facção linha dura do PCC, que ascendeu através das poderosas e secretas forças de segurança, está sendo substituída por oficiais diversos.

A ousada fuga de Chen Guangcheng no final de abril foi extremamente constrangedora para as forças de segurança da China e foi também um golpe para Zhou Yongkang, o membro do Comitê Permanente do Politburo responsável pelo CAPL.

Segundo o Canyu.org, um website dissidente, em 16 de maio, um oficial anônimo da cidade de Linyi disse que Zhou Yongkang foi pessoalmente a Linyi supervisionar o monitoramento e supressão de Chen Guangcheng. Ele teria ordenado que os internautas e simpatizantes que tentaram visitar Chen fossem “punidos tão severamente como os praticantes do Falun Gong”.

Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.