Césio radioativo encontrado em águas na costa do Japão

06/08/2012 03:00 Atualizado: 06/08/2012 03:00

Um jornalista olha para a usina nuclear Fukushima Daiichi da Tokyo Electric Power Co. (TEPCO) na cidade de Okuma, prefeitura de Fukushima, em 28 de fevereiro de 2012. (Yoshikazu Tsuno/AFP/Getty Images)Águas oceânicas ao largo da costa de várias prefeituras japonesas foram encontradas contendo césio radioativo que provavelmente se originou do desastre da usina nuclear Fukushima Daiichi, disse o governo.

“Mesmo internamente, os níveis de radiação detectados não são um risco para a saúde humana”, disse o Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia do Japão, de acordo com o jornal Mainichi.

A agência disse que a pesquisa foi realizada no ano passado e disse que os níveis elevados do elemento radioativo foram encontrados em águas ao largo das prefeituras de Niigata, Shizuoka e Iwate. O levantamento é feito anualmente perto da usina nuclear japonesa.

Cerca de 9,1 milibecqueréis de césio radioativo foram encontrados nas águas ao largo da prefeitura de Shizuoka e próximas da usina nuclear Hamaoka; funcionários encontraram dois becqueréis por quilo num tipo de peixe da área.

Césio radioativo é um isótopo criado pelo homem que é produzido durante a fissão nuclear e tem uma meia-vida de cerca de 30 anos, tornando-se altamente tóxico para os seres humanos.

Num relatório recente do website Straight.com de Vancouver, peixe irradiado do Japão, provavelmente resultado do desastre de Fukushima, está preocupando os especialistas.

Tim Takaro, professor-associado do departamento de ciências da saúde da Universidade Simon Fraser de Vancouver, disse ao Straight.com que ele sugere encontrar “outra fonte de peixes” se forem originários dessa área.

“Há muitas questões e respostas insuficientes para dizer que está tudo bem”, acrescentou Takaro no artigo, que foi publicado em meados de julho. “Há necessidade de monitoramento. Não há qualquer dúvida em minha mente sobre isso.” Tim Takaro é membro do grupo canadense antinuclear ‘Médicos pela Sobrevivência Global’.