O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, isentou mais uma vez, em depoimento à CPI mista da estatal nesta quarta-feira (10), a presidente Dilma Rousseff de responsabilidade na controversa compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Cerveró saiu ainda em defesa da operação, rebatendo declarações do colega de diretoria Paulo Roberto Costa que, em delação premiada, segundo a revista Veja, disse que houve desvio de recursos da refinaria para abastecer um esquema de pagamento de propina a políticos.
No depoimento, Cerveró foi instigado pela oposição a atacar a presidente Dilma Rousseff e avalizar declarações de Paulo Roberto Costa. Mas resistiu. Ele repetiu o discurso de que a omissão de cláusulas contratuais na compra da primeira metade de Pasadena não foi fundamental para se fechar o negócio em 2006. Ele disse que a transferência dos seus bens não teve “nada a ver” com o processo de Pasadena e que, ao doar três imóveis três meses atrás, decidiu antecipar a herança aos filhos.
Para Cerveró, o TCU se “equivocou” ao basear o tamanho do prejuízo de Pasadena baseado nos preços de apenas um dos 27 cenários de preços estimados pela Petrobras para a refinaria.