Cerca de 150 mil pessoas se reuniram no Parque Vitória em Hong Kong na terça-feira para a vigília anual em lembrança das vítimas do Massacre da Praça Paz Celestial, segundo os organizadores do protesto.
A vigília foi organizada pela Aliança de Hong Kong em Apoio aos Movimentos Patrióticos na China, um grupo pró-democracia criado em 1989 em apoio ao movimento democrático na China continental. O grupo organiza uma manifestação e vigília todos os anos para pedir a reparação do massacre da Praça da Paz Celestial ocorrido em 1989 e a punição dos responsáveis pela violenta repressão.
Apesar da chuva na terça-feira à noite, a Aliança de Hong Kong reuniu cerca de 150 mil pessoas que participaram da manifestação e muitos viajaram do continente para participar. A polícia da cidade posicionou em torno de 54 mil agentes, segundo a Bloomberg. Na China, informações sobre a supressão dos protestos estudantis pelo regime chinês são estritamente censuradas. Antes do aniversário da repressão desse ano, o serviço popular de microblogue chinês Sina Weibo removeu o emoticon da vela e mensagens com combinações numéricas aludindo ao 4 de junho de 1989 foram censuradas.
Um empresário de Guangzhou, que se identificou apenas como Sr. Chen, revelou que, por ter participado de diversos protestos públicos na China no ano passado, as autoridades locais pressionaram seu empregador a despedi-lo. “Não há como expressar meus sentimentos no continente. Então, eu vim para Hong Kong, onde os compatriotas daqui tem feito isso pelos últimos vinte e tantos anos. Estou realmente comovido. Estou aqui para expressar gratidão, para extravasar minhas emoções.”
Alguns, como o Sr. Chen, participaram na manifestação pela primeira vez, enquanto outros, como o Sr. Guo, de 77 anos e residente de Hong Kong, têm participado do evento anualmente pelos últimos 24 anos.
Ex-manifestantes estudantis do movimento democrático de 1989 também estiveram presentes. Song Shiyu, de 58 anos, era professor na Escola do Partido na cidade de Chongqing em 1989. Ele foi preso por dois anos por participar nos protestos estudantis locais. O Sr. Hu, um turista continental que participou do movimento estudantil com seus colegas em 1989, disse que espera que cidadãos de Hong Kong e do continente possam trabalhar juntos para derrubar o regime autoritário da China e trazer a democracia e a liberdade para o país.
Enquanto segurava sua vela em vigília, ele disse: “Acho que a luz das velas não é só em lembrança das vítimas do massacre de 4 de junho; eu posso ver a luz de nossa democracia nessas velas.”
“A vigília e nossos esforços têm mostrado ao regime de Pequim que estamos determinados a exigir justiça pelo 4 de junho, o fim da ditadura de partido único e a transformação democrática da China”, disse Lee Cheuk-yan, presidente da Aliança de Hong Kong.
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