Fragmentos de cerâmica de 20 mil anos de idade foram encontrados na caverna Xianrendong em Jiangxi, no sul da China, num esforço conjunto de antropólogos internacionais.
Os antropólogos compararam a descoberta com outros exemplares de 15 mil anos atrás, portanto argumentam que com esta nova evidência é negada a teoria de que a cerâmica foi inventada há cerca de 10 mil anos, período quando os seres humanos passaram de caçadores a agricultores.
Os resultados da pesquisa coordenada pela Dra. Wu Xiaohong, da Universidade de Pequim, foram publicados na revista Science em 2012.
O pesquisador Gideon Shelach, da Universidade Hebraica de Israel, num relatório que acompanha o estudo, disse que os novos resultados sugerem uma nova compreensão do surgimento de sociedades agrícolas e sedentárias entre 25 mil e 19 mil anos atrás na China, segundo o CS Monitor.
Em 2009, a Dra. Wu Xiaohong, já havia publicado outro estudo na revista Science, editado pelo Dr. Bruce Smith do Instituto Smithsonian, em conjunto com a Dra. Elisanetta Boaretto, onde os pesquisadores divulgam outra evidência de cerâmica antiga chinesa.
A descoberta de 2009 revelou mais de dois vasos de cerâmica na caverna Yuchanyan, no condado de Daoxian, em Hunan. No local, eles encontraram cinzas, artefatos, ossos de animais, ferramentas de pedra e de osso.
Foi considerado como um acampamento de caçadores-coletores da era paleolítica tardia. Os ossos foram datados entre 21 mil e 13 mil anos atrás. As amostras de carbono dos colágenos indicaram que se tratava de um povoado que habitou a Terra há cerca de 18 mil anos. Naquela época, essas amostras foram consideradas uma das mais antigas evidências de cerâmica chinesa.
Outra evidência de cerâmica pré-histórica foi encontrada na gruta do Rio Yangtze, um refúgio de caçadores e coletores do período Pleistoceno superior. Identificaram-se trabalhos de argila de 15 mil a 18 mil anos atrás, conforme publicado pela revista Science.