O CEO de uma grande empresa imobiliária na China desapareceu com uma grande soma em dinheiro, deixando vítimas em 16 províncias e 50 cidades. As pessoas que procuraram ajuda dos governos locais foram espancadas e presas pela polícia.
A empresa Xing Lin Imóveis foi criada em outubro de 2009 e tem mais de mil agências em todo o país. Seu CEO, Wu Binglin, sumiu recentemente.
Desde 2 de setembro, os ramos da Xing Lin na Mongólia Interior, incluindo Hohhot e Baotou, foram encontrados vazios. Mais de 200 compradores de casas teriam sido vítimas nesta região; alguns teriam perdido mais de um milhão de yuanes. Os ramos da Xing Lin nas cidades de Xi’an, Yinchuan, Baoji e Chifeng reportaram situações semelhantes.
Em Xi’an, capital da província de Shaanxi, mais de 300 vítimas com 30 milhões de yuanes (US$ 4,9 milhões) em perdas estariam envolvidas em duas das agências locais. Uma das vítimas disse que a empresa parou de contatá-lo desde que ele fez um pré-pagamento em meados de julho.
Ma Xiaoming, um ex-repórter da Shaanxi, disse à emissora NTDTV que ele testemunhou várias centenas de vítimas enfurecidas apelando ao governo provincial por ajuda. “Havia 200 a 300 pessoas vestindo as mesmas camisas brancas com slogans como: ‘Xing Lin devolva o dinheiro’ ‘Xing Lin é uma fraude’.”
Na cidade de Shenyang, capital da província de Liaoning, no Nordeste da China, um total de 136 filiais da Xing Lin foram fechadas. Vítimas locais incluem compradores de imóveis, assim como mais de mil funcionários que não receberam seus salários por dois meses.
O sr. Song, um agente imobiliário chinês, disse à NTD que a Xing Lin em Shenyang defraudou centenas de pessoas em dezenas de milhões de yuanes (10 milhões de yuanes equivalem a 1,6 milhão de dólares). “Seu chefe é uma fraude que se especializou em financiamento”, disse o sr. Song. “Ele enganou compradores e vendedores enquanto supervisionava seus ativos. Na verdade, a supervisão não deve ser feita pelo agente [imobiliário], mas pelo Estado e pelo Conselho Imobiliário.”
A Xing Lin tem muitas filiais em toda a China com nomes diferentes, como Heng Tai na cidade de Kaifeng e Lin Tai na cidade de Harbin. Wu Binglin é o representante legal de todas estas filiais. Agora elas estão todas fechadas sem aviso prévio.
A paralisação nacional da Xing Lin resultou em milhares de compradores perdendo bilhões de yuanes. Mas muitas secretarias municipais de segurança pública se recusaram a registrar os casos das vítimas. Vítimas ansiosas, e em muitos casos desesperadas, tiveram de sair às ruas para exigir que o governo proteja seus interesses. Vítimas que peticionaram foram espancadas e detidas pelas forças de segurança pública em Tangshan, Baotou, Zhangjiakou, Jilin, Changchun, Kaifeng e outros lugares.
Denúncias de violação de contrato foram feitas contra o ramo da Xing Lin em Ningxia mais de um ano atrás, conforme reportado pelo Legal Daily. Vítimas em Shenyang começaram a protestar na frente das agências locais da Xing Lin em 11 de agosto deste ano.
Zhang Zanning, professor de Direito da Universidade do Sudeste, disse à NTD que o regime chinês é o culpado por tudo isso e é a razão fundamental desta atitude mercenária. Zhang disse que, devido aos 60 anos de regime comunista, a moral e as crenças do povo chinês foram totalmente arruinadas.