Centésimo tibetano se imola no Nepal

14/02/2013 17:18 Atualizado: 14/02/2013 18:34
Tibetanos no exílio participam de uma vigília após a tentativa recente de autoimolação de um monge, o centésimo a protestar desta forma contra o domínio chinês sobre o Tibete, em Katmandu em 13 de fevereiro de 2013 (Prakash Mathema/AFP/Getty Images)

Um monge tibetano exilado encharcou-se com gasolina num café em Katmandu, capital do Nepal, antes de pôr-se em chamas. Esta é a centésima autoimolação em protesto contra o domínio comunista chinês sobre o Tibete. A maioria das autoimolações ocorreu nos últimos 18 meses.

Testemunhas disseram ao grupo de direitos Free Tibet que o homem entrou no banheiro do café antes de emergir para a rua e pôr-se em chamas. O homem não identificado gritava slogans contra o domínio chinês no Tibete enquanto queimava.

Policiais disseram à Associated Press que após o homem desmoronar, os oficiais e locais conseguiram apagar as chamas e em seguida levaram-no ao hospital. Foi informado que ele está em estado crítico.

Prasant Tamang, um garçom no Golden Eye Cafe, disse à agência de notícias que descobriu um recipiente de gasolina, uma bolsa e um casaco no banheiro.

“Ele parecia com as centenas de tibetanos que vieram a Boudhanath hoje e eu não suspeitava que ele poria fogo em si mesmo”, disse Tamang. Boudhanath é um distrito de Katmandu.

A Campanha Internacional pelo Tibete disse que este incidente no Nepal marca a centésima autoimolação tibetana numa campanha de protesto que começou em fevereiro de 2009.

O grupo disse na quarta-feira que apenas recebeu informações de que um monge em seus 30 anos pôs-se em chamas há duas semanas na província de Sichuan na China.

Houve um aumento significativo de autoimolações no ano passado, especialmente em torno da época do 18º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês (PCC) em novembro. A maioria envolveu monges e monjas budistas que apelam pelo fim das restrições à liberdade religiosa e que querem que o Dalai Lama regresse ao Tibete.

Fora da China, as autoimolações são raras e são vistas como atos de desespero contra o opressivo regime do PCC. Mas no ano passado, um tibetano de 26 anos se imolou em Nova Deli na Índia, na época que o líder chinês Hu Jintao visitava o país.

Protestos incendiários parecem ter abalado o PCC, que impôs medidas de segurança mais duras nas áreas tibetanas nos últimos meses, incluindo cortar completamente a eletricidade e as telecomunicações após as autoimolações.

Na semana passada, a emissora estatal chinesa CCTV exibiu um documentário que culpou a mídia norte-americana Voz da América por incitar as autoimolações. Enquanto isso, dezenas de tibetanos foram presos em conexão com os protestos.

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