Centenas protestam contra usina nuclear em Guangdong

16/07/2013 17:52 Atualizado: 16/07/2013 17:52
Manifestantes seguram faixas que dizem: “Antinuclear até a morte. Queremos vida, não PIB” e “Vida e saúde, não vitória do regime”. Centenas marcharam numa cidade no sul de Guangdong na sexta-feira em protesto contra a construção de uma usina nuclear (Weibo.com)

Centenas marcharam por uma cidade no sul da província de Guangdong na sexta-feira em protesto contra a construção de uma usina nuclear.

Às 8h30, mais de mil moradores caminharam pela cidade de Jiangmen, a 95 km de Hong Kong, exigindo que os funcionários do regime chinês cancelem o projeto, que será a maior usina do país quando concluída e satisfaria metade da deficiência energética atômica da China em menos de uma década.

Moradores exibiram cartazes que diziam: “Antinuclear até a morte. Queremos vida, não PIB” e “Vida e saúde, não vitória do regime”, enquanto outros gritavam slogans semelhantes.

Um dos manifestantes disse ao Epoch Times: “Nosso medo é que a usina vaze radiação e que contamine as terras vizinhas até centenas de quilômetros de distância. É como uma bomba relógio. Mesmo que esta geração esteja segura, ninguém pode garantir que a próxima geração estará.”

Os manifestantes conseguiram se reunir por meio do WeChat, um aplicativo de telefone que funciona como um walkie-talkie, mesmo quando oficiais censuraram as notícias do protesto no Sina Weibo, uma plataforma de mídia social chinesa semelhante ao Twitter.

Cerca de mil policiais bloquearam o portão da secretaria de construção da cidade, disse um advogado presente no evento. Mais pessoas se reunirão, possivelmente dezenas de milhares, disse Feng.

Não seria perigoso construir uma usina nuclear na cidade, segundo o comitê de segurança das usinas de Guangdong, citado pela Asia TV Ltd. de Hong Kong. O comitê mencionou a ausência de fissão nuclear envolvida como um sinal de segurança.

Um internauta da província de Jiangsu comentou ironicamente no Weibo: “Se a usina de energia nuclear é tão boa, por que não construí-la em Pequim?”

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