A agência de refugiados das Nações Unidas disse que mais de 100 mil sírios fugiram de sua terra natal, no mês passado, o maior número documentado durante os 17 meses de conflito.
Estes incluem pessoas que originalmente fugiram do Iraque para a Síria devido à instabilidade geral, mas que recentemente deixaram a Síria porque a situação tem se deteriorado rapidamente.
A maioria das pessoas que fogem da Síria para o Iraque “nos dizem que estão saindo por causa da insegurança geral, embora alguns tenham relatado ameaças diretas”, disse a porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming, em um comunicado.
A agência disse que um total de 235 mil sírios deixaram o país desde o início do conflito em março 2011.
O aumento de refugiados em agosto foi provavelmente provocado pela luta crescente entre forças rebeldes e o exército sírio em Aleppo e Damasco, as duas cidades mais populosas na Síria.
Mais de 18.000 pessoas, a maioria civis, morreram desde o início do conflito, disse a ONU. No entanto, grupos de direitos humanos estimam que mais pessoas foram mortas. Recentemente, ativistas sírios disseram que 5.000 pessoas morreram apenas em agosto, depois de as forças do governo começaram a investir mais em ataques aéreos e bombardeios de artilharia pesada.
A Turquia acolhe a maioria dos refugiados sírios, ou em torno de 80.400 pessoas. Líbano também abriga em torno de 59 mil sírios e cerca de 1.000 sírios estão fluindo para a Jordânia a cada dia, de acordo com estatísticas do governo citados pela ONU. O ACNUR também disse que cerca de 500 pessoas, por dia, estão indo da Síria para o Iraque.
O governo turco também disse à agência de refugiados vai manter suas fronteiras abertas para os refugiados sírios.
O anúncio veio com a visita de Peter Maurer, presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, ao presidente sírio, Bashar al-Assad, na terça-feira. Assad “expressou o compromisso positivo com os nossos pedidos”, conta a o Twitter da Cruz Vermelha sobre a reunião.
Maurer disse ontem que, à medida que mais civis estão expostos à violência “é vital nos aproveitarmos do que já foi alcançado em terra”, oferecendo mais ajuda humanitária.
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