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Celebrando o outono com artes clássicas chinesas

25/06/2012
A Sra. Seika Dong, harpista jovem e premiada, e Sra. Mei Xuan, virtuosa no violino erhu. Ambas exibiram sua música como parte da celebração do Festival Moon Chinês, de cultura tradicional chinesa, na Galeria de Arte Popular, em São Francisco, em 15 de setembro de 2011. (Anton Jiang/NTDTV)

SÃO FRANCISCO – Na semana do Festival Anual da Lua chinês, também conhecido como o Festival de Outono, artistas de renome ofereceram um deleite para um público distinto no centro de São Francisco. Foram apresentadas no evento “Under the Moonlight” desde danças tradicionais chinesas até uma demonstração ao vivo de pintura clássica chinesa na Galeria de Arte Popular.

O Festival da Lua, comemorado no 15º dia do 8º mês lunar chinês, tem uma história fascinante, que também é apreciada pelos ocidentais. Respondendo à pergunta “Por que só temos uma lua”, a lenda chinesa fala de uma história onde Houyi, que era um imortal, despertou um ciúme tão grande nos outros imortais, que ele foi banido do céu e forçado a viver na terra.

Houyi aprendeu a caçar para sobreviver e se tornou um famoso e habilidoso arqueiro. Na época, o mundo tinha dez sóis, que, de acordo com a lenda, eram aves de três patas, que residiam em uma amoreira. Um dia, todos os dez sóis cercaram a terra juntos, fazendo com que a terra queimasse e as pessoas sofressem.

O Imperador da China ordenou Houyi para que derrubasse todos, menos um dos sóis. Ele fez isso e foi recompensado com o dom da vida eterna, através de uma pílula, mas teve que esperar um ano para tomá-la.

Infelizmente, sua esposa Chang’e encontrou a pílula e a engoliu. Ela levantou voo e foi para a lua. Ela ainda espera por seu marido, e tem até um coelho tentando reconstruir a pílula para que assim seu marido possa se juntar a ela na lua.

Pintura Tradicional de Pincel

Durante o evento, o Sr. Cheng Shiang Pin, um artista notável e discípulo do famoso mestre de pintura chinesa Xu Beihong apresentou o seu domínio para um público distinto. O Sr. Shiang começou a estudar com seu professor aos 20 anos, e tornou-se famoso devido aos seus próprios méritos.

A arte de Shuimohua ou pintura a tinta da China, tornou-se conhecida no início do século XX. Pinturas de Xu de cavalos e pássaros, as quais fizeram o Sr. Shiang seguir tais passos, são algumas das primeiras obras de arte que combinam técnicas de pincel chinês e tinta com uma perspectiva ocidental.

Influenciado pela paixão de seu pai pela arte, o Sr. Shiang começou seu caso de amor com as técnicas de tinta e pincel, usados na época, sobretudo na caligrafia. O Sr. Shiang, agora em seus 80 anos, ainda ensina suas técnicas a alunos em São Francisco. Ele disse em uma entrevista com o Epoch Times, “É meu desejo trazer algumas das artes mais tradicionais para o mundo ocidental, não só para que possam vê-las, mas para que possam também experimentar a beleza da coisa.”

“Minha esperança é que mais e mais pessoas aprendam a fazer as diferentes técnicas, de modo que nós, como cultura, não as percamos. Eu ainda estou ensinando [em meus 80 anos], e vou continuar até que eu não consiga mais segurar o pincel”, disse o Sr. Shiang.

Sua mensagem é de preservar algumas formas de arte antigas, que vieram de países os quais foram retidos devido à política da época. Ele considera que ensinar artes antigas para os outros vai ajudar a preservar o patrimônio de sua cultura.

A Sra. Ying Yang da NTD TV de São Francisco, e coorganizadora do evento, disse: “Este evento tem atraído muitas pessoas, e esperamos introduzi-las algumas das artes mais clássicas, como os desenhos de tinta de Cheng Pin Shiang”.

O Sr. Cheng Shiang Pin, pintor de pincel e tinta, é um artista bem conhecido e discípulo do famoso mestre de pintura chinesa Xu Beihong, e combina técnicas chinesas com uma perspectiva ocidental. (Cortesia de Sylvia McCleary)

Outras formas de arte notáveis também estiveram presentes no evento mid-autumn, na Galeria de Arte Popular, como a talentosa harpista Sra. Seika Dong, que ganhou vários prêmios por sua música. Com apenas 17 anos, ela tem realizado mais do que muitos veteranos da indústria da música, e tocou na Casa de Ópera de Nova York e de São Francisco, bem como no Concurso Internacional de Harpa realizado em Bloomington, Indiana.

A mundialmente famosa artista Sra. Mei Xuan, toca violino chinês (também conhecido como erhu) desde que tinha 9 anos, e já gravou sua música para filmes e emissoras de TV, apresentou suas músicas que comovem o coração na noite festiva. A Sra. Mei Xuan agora trabalha como professora de erhu na Academia de Artes da Califórnia Fei Tian.

Dança Clássica Chinesa

Os alunos que estudam dança chinesa em Fei Tian, na Califórnia, dançaram e encantaram o público com seus coloridos trajes tradicionais. Quem os guiou durante a apresentação foi a professora do Fei Tian, Sra. Cecília Xiong, que por vários anos foi bailarina principal do Shen Yun Performing Arts, a companhia de dança clássica chinesa primordial do mundo. Já que os alunos são bem-educados nessa tradição, não foi nenhuma surpresa o fato de que suas danças foram impressionantes.

A mensagem deixa claro que, a preservação das artes antigas de lugares como a China e o passar adiante a profunda herança aos artistas de amanhã, é algo que a Academia das Artes Fei Tian e outros visam realizar, não só em São Francisco, mas em todo os Estados Unidos e no mundo.

A Sr. Yang disse que recebeu comentários muito positivos dos convidados. Uma senhora disse a ela: “Você organizou uma festa de nível mundial. Temos que provar o melhor da sua cultura, tudo estava justamente na medida certa, as artes, a música, a dança, os trajes, a comida, tudo era do melhor”.

A senhora também elogiou muito a palestra dada pelo Sr. David Zhang, o âncora da NTDTV: “Eu não esperava ouvir uma palestra tão impressionante como esta, além disso, eu também não esperava encontrar um cavalheiro como David Zhang que nos fornecesse tanta informação sobre a sua cultura. Eu aprendi muito hoje à noite. Eu gostei muito.”

Um cavalheiro disse à Sra. Yang, “Estou tão impressionado. Vocês fizeram um ótimo trabalho”.

O Festival Anual da Lua, que é considerado a versão chinesa da Ação de Graças, vai até o final de setembro em comunidades chinesas ao redor do mundo.

Sylvia McCleary, que mora em São Francisco, escreve sobre eventos, viagens, e entretenimento. Ela viajou para mais de 80 países, e participou de eventos de música e artes em todo o mundo. Seu website é: www.thegypsytraveller.com

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