O diagnóstico correto e precoce é fundamental, já que tratamentos inadequados podem ter efeitos colaterais ou ter eficácia por tempo limitado
Além de tratar dores de cabeça, um neurologista também pode fazer o diagnóstico de dores que atingem o rosto. Isso porque há uma série de doenças na região que podem ter causas nervosas e musculares.
Esse é o caso da Cefaleia em Salvas. Nela ocorre uma dor muito intensa no rosto, mais especificamente na região dos olhos, que dura até 2 horas e para repentinamente. Além da dor, o paciente pode apresentar lacrimejamento dos olhos e congestão nasal. O melhor tratamento para a dor é a inalação de oxigênio puro.
Já a Enxaqueca com Aura recebe esse nome porque o paciente costuma ter sinais visuais que antecedem a crise, como enxergar flashes luminosos, além do aumento da sensibilidade à luz. “Uma vez que a crise está instalada, medicamentos precisam ser aplicados e nem sempre dão o resultado esperado”, alerta o Dr. Antonio Cezar Galvão, neurologista do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho.
Se não tratada adequadamente, a Enxaqueca pode se tornar refratária aos medicamentos. Hoje existem procedimentos como a estimulação elétrica ou o tratamento com toxina botulínica para neutralizar o quadro doloroso. “O diagnóstico correto e precoce é fundamental, já que tratamentos inadequados podem ter efeitos colaterais ou ter eficácia por tempo limitado”, explica o especialista.
Uma vez constatada a Enxaqueca, deve-se identificar os fatores desencadeantes e definida a estratégia para combater a dor no momento certo. O Dr. Galvão considera que o estresse seja, de longe, o principal fator desencadeante, mas a privação de sono e problemas psiquiátricos também podem aumentar a frequência das crises.
Se você sentir uma dor no rosto muito forte, por períodos prolongados e que não tenha causa aparente, procure um neurologista. Há uma série de outras patologias que apresentam como sintomas as dores no rosto, como Neuralgia do Trigêmeo, Esclerose Múltipla, entre outras.
Esse conteúdo foi originalmente publicado no site do Hospital Nove de Julho.
