Um casal chinês teve sua casa recentemente arrombada enquanto dormiam e foram abduzidos para que sua casa fosse demolida por uma empresa de construção no leste da China. Cui Shemei, a esposa, ficou tão chocada que teve um ataque cardíaco, segundo relatos da mídia chinesa.
Quando o casal reportou o caso à polícia, foi lhes dito simplesmente que as autoridades não podia fazer nada a respeito nem mesmo registrar ocorrência no sistema.
O incidente ocorreu na noite de 28 de maio no município de Linmu, província de Shandong. Um artigo de opinião recente no Diário Metropolitano do Sul (DMS), um jornal relativamente liberal da província de Guangdong, destacou o caso como um exemplo das injustiças que ocorrem na China devido à ausência do estado de direito.
O casal, Cui Shemei e o marido Zhang Shiqiang, não tem arranjos para um abrigo alternativo e não recebeu qualquer compensação do desenvolvedor. Seus pertences pessoais, avaliados em 500 mil yuanes (US$ 81.467), foram enterrados nos escombros.
No editorial sobre o tema, o DMS argumentou que a resposta passiva da polícia era negligência do dever e uma tentativa de acobertar o desenvolvedor imobiliário. Se esse for o caso, isso não seria inédito na China, onde as autoridades locais frequentemente recebem propina de empresas de construção para permitir a demolição de casas e a venda do terreno por grandes lucros, que se destinam principalmente aos oficiais do governo e desenvolvedores.
Em 2010, um funcionário do condado de Yihuang, província de Jiangxi, tornou-se infame por comentar: “Sem a demolição forçada, não há uma Nova China.”
O condado de Linmu é uma comunidade cercada por cidades emergentes. O desenvolvedor Cui Guangan, um ex-oficial da vila, comprou um terreno na aldeia para construir novos edifícios e prometeu oralmente pagar o casal, cuja casa foi demolida, ao invés de fazer um contrato por escrito.
Centenas de milhares de incidentes de massa ocorrem anualmente na China, muitos por causa de demolições forçadas.
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