Na sexta-feira 30 de janeiro, a Casa Branca respondeu a uma petição apresentada em seu website “We the People” cerca de 3 anos atrás, que pedia a investigação e condenação pública da extração forçada de órgãos de adeptos do Falun Gong na China.
A Casa Branca deve ser reconhecida por condenar publicamente a extração de órgãos de prisioneiros executados, mas ela permaneceu em silêncio sobre o pedido específico formulado na petição. A Casa Branca não mencionou a extração forçada de órgãos de praticantes do Falun Gong e não mencionou que investigaria esta atrocidade. Além disso, a Casa Branca subestima o horror do que é descrito na petição, que recebeu mais de 34 mil assinaturas.
A Casa Branca citou a extração de órgãos de prisioneiros executados. Um filme apresentado com a petição alega que a própria extração de órgãos é a forma de execução. Os presos estão vivos até que seus órgãos lhes são arrancados.
O Parlamento Europeu aprovou uma resolução em 12 de dezembro de 2013 condenando a extração forçada de órgãos coordenada pelo regime comunista chinês, especialmente de prisioneiros de consciência do Falun Gong. A União Europeia tem sido convocada a examinar a questão. Em março de 2014, o Canadá também reconheceu as acusações de que prisioneiros de consciência do Falun Gong têm seus órgãos retirados sem seu consentimento.
O Falun Gong, uma prática tradicional chinesa que envolve meditação, exercícios e o ensinamento dos princípios de verdade, compaixão e tolerância, e tem mais de 100 milhões de adeptos em todo o mundo, mas tem sido brutalmente perseguido pelo Partido Comunista Chinês (PCC) desde julho de 1999.
O relatório-livro investigativo do ex-secretário de Estado canadense David Kilgour e do advogado internacional de direitos humanos David Matas concluiu que os praticantes do Falun Gong são a principal fonte de órgãos utilizada para abastecer a indústria de transplante chinesa.
Outro pesquisador, Ethan Gutmann, em seu livro recém-lançado “The Slaughter: Mass Killings, Organ Harvesting, and China’s Secret Solution to Its Dissident Problem” [O Massacre: assassinatos em massa, extração de órgãos e a solução secreta da China para seus problemas com dissidentes] chega também às mesmas conclusões, embora com novos dados e evidências que denunciam esse crime hediondo contra a humanidade na China.
Veja a petição original e a resposta logo abaixo:
“Nós apelamos à administração Obama que:
Investigue e condene publicamente a extração forçada de órgãos de adeptos do Falun Gong na China.
Dezenas de milhares de adeptos do Falun Gong presos ilegalmente têm sido usados como um banco de órgãos vivo, mortos sob demanda para abastecer a lucrativa indústria de transplante de órgãos na China, conforme descrito neste vídeo.
O Relatório de Direitos Humanos de 2011 do Departamento de Estado dos EUA citou alegações da extração forçada de órgãos de membros do Falun Gong e de outros prisioneiros de consciência. Em outubro, 106 membros do Congresso escreveram à secretária Hillary Clinton solicitando mais informações. Duas audiências no Congresso trataram do tema. Autoridades e organizações médicas de transplante em todo o mundo condenaram este crime contra a humanidade.
Como líder mundial na proteção dos direitos humanos, os EUA têm a obrigação moral de expor esses crimes, detê-los e garantir que seus autores sejam levados à justiça.”
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“A Casa Branca response:
Obrigado por assinar uma petição sobre a extração de órgãos na China.
O governo dos EUA se opõe à extração ilegal ou antiética e ao tráfico de órgãos humanos. Temos instado à China que cesse a extração de órgãos de prisioneiros executados e abordamos esta questão com altos funcionários chineses. Os líderes da China anunciaram um compromisso de abolir a prática de retirar órgãos de prisioneiros executados para uso em transplantes, embora estejamos cientes de denúncias contínuas dessas práticas. Nós levamos muito a sério essas alegações e continuaremos a acompanhar a situação e as ações das autoridades chinesas pelo cumprimento desse compromisso.
As práticas de direitos humanos e o tratamento dos membros do Falun Gong pelo regime chinês continuam sendo causas de preocupação. Desde 1999, a Secretaria de Estado designou a China como um “país de preocupação especial” sob a Lei de Liberdade Religiosa Internacional por se engajar ou tolerar violações particularmente severas da liberdade religiosa. Conforme relatado em Relatório Nacional de Direitos Humanos de 2013 e no Relatório Internacional de Liberdade Religiosa de 2013 do Departamento de Estado, o respeito do governo chinês e a proteção do direito à liberdade religiosa na China se deterioraram.”