A carta abaixo foi escrita por uma jovem norte-americana de 11, questionando a existência das “zonas livres de armas”, áreas delimitadas por lei ou por determinação de quem as controla (uma loja, por exemplo), onde os cidadãos que tem porte de arma não podem entrar ou não podem entrar com suas armas, o que na prática é a mesma coisa. A carta escaneada termina pouco antes de sua assinatura, omitindo seu nome para sua proteção.
“Porque zonas livres de armas violam meu direito de proteção”
“Quando eu tinha seis anos de idade e morava com minha mãe biológica minha saúde foi negligenciada, eu não tinha educação, pesava apenas 18 kg e levei uma surra com um caule de roseira. Eu dormia no porta-malas de uma van e passava fome. Não tinha sequer uma muda de roupa. Você já apanhou com um caule de roseira até sua perna sangrar, sem ter ninguém para te proteger? Você já passou dias sem comer enquanto seus pais comiam na sua frente? Você já precisou dormir no porta-malas de uma van escondido sob cobertores e travesseiros para a polícia não ver que onde você estava dormindo? Você já foi obrigado a ficar com um estuprador sonhando com não ser mais machucado? Se não, você não tem ideia do que é se sentir sem esperança, assustado com a vida e desprotegido. Mas eu sei.
Quando eu fui morar com minha verdadeira mãe (adotiva) – que me educou, alimentou, me deu tratamento médico, inclusive cirurgias, me vestiu e me protegeu – eu ainda estava muito traumatizada pelo que minha mãe biológica havia feito e deixado que me fizessem, e também pelas ameaças que ela havia feito de me sequestrar e levar para a Califórnia, onde eu nunca mais seria vista. No fim a justiça retirou todos os direitos dela e proibiu que ela tivesse mais qualquer contato comigo.
Quando ela ameaçou me sequestrar e me levar para a Califórnia, eu tinha aula de balé, mas eu não quis ir. Pensei que ela estaria me esperando lá.
Minha mãe (adotiva) prometeu cuidar de mim, que ela estaria lá comigo, e que nunca mais permitiria que minha mãe biológica me machucasse ou mesmo chegasse perto de mim. Foi quando minha mãe comprou uma arma para me proteger. Tirou o porte de armas, e passou a andar com a arma constantemente. Senti-me segura sabendo que minha mãe poderia e efetivamente me protegeria se eu estivesse em perigo, e minha mãe biológica jamais me ameaçaria de novo.
Quando minha mãe ia a uma loja onde existia alguma advertência de ‘Aqui não é permitido armas de fogo’, ela deixava a arma no carro ou escolhia outra loja. Isto me expunha ao perigo. Minha mãe biológica poderia me arrebatar, me matar ou simplesmente machucar minha mãe e me levar embora. Se minha mãe pudesse portar sua arma nas ‘zonas livres de armas’, eu poderia estar protegida em todos os momentos e minha mãe biológica jamais teria uma oportunidade de me machucar ou a minha mãe.
O mais importante de tudo é que minha mãe poderia me proteger de qualquer coisa que ocorresse. Quem mais estaria lá para me proteger todo o tempo? A polícia?
Você acha que tem o direito de colocar minha vida em risco simplesmente criando zonas livres de armas?
A segunda emenda (da Constituição dos EUA) diz que você não tem este direito. Meu Deus não me deu o direito de me sentir e estar segura, ‘o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade’? Por que você retira este direito de mim? Você não quer que eu esteja segura?
Eu não preciso temer pela minha proteção porque políticos e legisladores ‘decidem’ que Deus, para me dar um direito, precisa da autorização deles ou da ‘interpretação ilegal’ deles sobre a segunda emenda. ELE simplesmente não precisa.
Não tenho medo de armas, mas dos políticos com canetas que acreditam serem meus senhores, e não meus servidores. Se você realmente quer os EUA seguros novamente como quando de sua fundação, simplesmente anulem TODAS as leis antiarmas e em especial as zonas livres de armas.
Zonas livres de armas são áreas de assassínio e me colocam em grande perigo. Os EUA já têm muitas zonas livres de armas, onde apenas os criminosos se sentem seguros. Minha mãe biológica adora zonas livres de armas.
Que Deus possa lhes dar sabedoria, honra e fé para se tornarem aquilo que se dizem, ‘defensores da liberdade’, e não destruidores dela.”
24 de janeiro de 2014
Tradução de Arnaldo Adasz para o Movimento Viva Brasil
Esta matéria foi originalmente publicada pelo Freedom Outpost