Uma semana depois da tempestade de Natal no Caribe que causou algumas das piores enchentes e deixou 23 mortos e quatro desaparecidos, várias de suas ilhas ainda estão recolhendo os destroços.
Um furacão varreu as ilhas de Dominica, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas em 24 e 25 de dezembro, causando inundações, queda de pontes e destruição de estradas e plantações de banana. As escolas também foram seriamente danificadas, de acordo com funcionários do governo. Na quarta-feira, o número de mortos subiu para 23, com quatro desaparecidos em São Vicente e Dominica.
Em São Vicente, a ilha mais atingida, funcionários do governo afirmam que as primeiras estimativas dos danos à infra-estrutura estão na casa das centenas de milhões de dólares. O primeiro-ministro Ralph Gonsalves visitou a ilha e constatou inúmeras áreas seriamente atingidas pelo desastre. As ilhas Granadinas não sofreram grandes prejuízos.
Mais de 13 mil pessoas foram “severamente afetadas”, disse Rhonda King, embaixadora das Nações Unidas para São Vicente e Granadinas, na quarta-feira. King disse que a comunidade caribenha em geral foi a primeira a oferecer ajuda.
“O Caribe tem intensificado os pedidos de ajuda e a resposta foi além das expectativas”, disse King, acrescentando que Trinidad enviou um barco de suprimentos que chegou na noite de terça e o primeiro-ministro de Antigua realizou uma visita no sábado passado, enquanto Trinidad e Tobago e Barbados enviaram representantes.
King disse que o sistema de abastecimento de água foi significativamente danificado e comprometido, caso também de Santa Lúcia. Uma das três usinas hidrelétricas de São Vicente sofreu grandes avarias, e o principal hospital da capital, o Memorial Hospital Milton Cato, foi inundado. Alguns dos equipamentos críticos do hospital foram substancialmente danificados. A Secretaria da Comunidade do Caribe, Caricom, ajudou a coordenar os esforços de ajuda.
“Os mecanismo de resposta a emergências regionais da Comunidade foi ativado”, disse o secretário-geral da Caricom, o embaixador Irwin LaRocque, em um comunicado sobre as consequências da tempestade. “À medida que o processo de recuperação e reconstrução começa, desejo assegurar às pessoas que foram afetadas que a comunidade está pronta para prestar toda a assistência possível, pois os Estados-Membros estão comprometidos a reconstruir tudo o que foi destruído.”