Ministra chavista Iris Varela justifica o espancamento de legisladores da oposição comentando que “os chavista sabem brigar melhor”
O ex-candidato presidencial Henrique Capriles impugnará as eleições diante do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), mesmo ciente de que são quase nulas as possibilidades de uma nova eleição, porque o STJ é gerido pelo governo.
É bem conhecida a filiação de Luisa Estela Morales, a presidente do STJ venezuelano, com o governo chavista, a ponto de ela usar uma pulseira com o mesmo emblema que usa Maduro, seu gabinete e o falecido Hugo Chávez. “Desde 7 de fevereiro de 2007, data de sua nomeação como suprema magistrada, não houve uma única decisão contra os interesses do governo”, informou a mídia.
Tudo isso em meio ao caos político e a protestos públicos de trabalhadores. Na quarta-feira, Iris Varela, ministra do Serviço Penitenciário da Venezuela, a mesma que há poucos dias disse que já tinha uma cela reservada para Henrique Capriles, justificou o espancamento sofrido por parlamentares da oposição em plena Assembleia Nacional (AN), argumentando que “os chavista sabem brigar melhor”, segundo a mídia.
“O que ocorre é que nossos compatriotas sabem lutar melhor, são homens e mulheres do povo”, disse Varela à mídia estatal.
Dias atrás houve um tremendo espancamento, quando 11 legisladores terminaram feridos e o deputado da oposição Julio Borges teve de receber 16 pontos pelas contusões. Maria Corina Machado escreveu no Twitter: “Tenho uma lesão séria na coluna cervical por terem batido minha cabeça contra o chão e quatro fraturas ósseas no nariz com deslocamento do septo nasal que requer operação imediata”. Ela também expressou sua gratidão pelo carinho e confiança de apoiadores.
José Miguel Insulza, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), manifestou profunda preocupação nesta quarta-feira com a violência na NA da Venezuela.
Num comunicado de imprensa, Insulza lamentou a decisão tomada por Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional, de não permitir a liberdade de expressão dos legisladores da oposição que não reconhecem Nicolás Maduro como presidente. O secretário da OEA disse que “ao invés de promover o diálogo, está-se impedindo o direito de discernir por meios pacíficos, o que é essencial na democracia”.
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