Turistas e investidores da China continental estão deslocando capital considerável para a ilha Jeju da Coreia do Sul num ritmo alarmante, devido a uma política receptiva chamada ‘Imigração de Investimento’.
Para incentivar o desenvolvimento da ilha Jeju, uma ilha-resort conhecida como um local de filmagem famoso de dramas coreanos, as autoridades da ilha instituíram a política em fevereiro de 2010. Seus termos exigem que os estrangeiros invistam 500 milhões de won (US$ 472,010) em resorts, restaurantes ou outras propriedades de lazer na ilha em troca do status de residente permanente na Coreia do Sul.
Depois de um período de cinco anos, o investidor recebe o status de residente permanente e permissão de acesso à educação e assistência médica.
Jeju é também um destino predileto de empresários chineses ricos e funcionários fugidos do Partido Comunista Chinês (PCC) que estão movendo seus ativos para o estrangeiro, temendo que o regime chinês entre em colapso a qualquer momento.
De acordo com artigos da mídia chinesa, depois de inundarem os mercados imobiliários europeu e norte-americano, os investidores da China continental estão olhando para a vizinha Coreia do Sul.
Propriedades de chineses aumentam por nove vezes
A Agência de Promoção de Investimento Comercial da Coreia (KOTRA) revelou dados que mostram que, até o final de setembro de 2013, o número de visitantes estrangeiros em Jeju ultrapassou 2 milhões, com 75% ou 1,5 milhão, sendo da China continental.
Um representante da KOTRA observou que no final de 2010, as propriedades chinesas abarcavam 49 mil metros quadrados de terras na ilha Jeju. Em março de 2013, este número aumentou para 485 mil metros quadrados, um aumento de nove vezes em dois anos.
Os dados indicam que os investidores chineses estão não apenas investindo em imóveis em Jeju, construindo propriedades de turismo e lazer, mas também formando consórcios para construir resorts de pequeno e médio porte.
Moradores da ilha Jeju insatisfeitos
Residentes da ilha Jeju expressaram descontentamento com o grande influxo de capital e novos residentes chineses, comparando a ilha Jeju com Hainan, uma ilha-província da China continental conhecida como polo turístico.
Agora, o governo de Jeju está considerando aumentar o montante mínimo de investimento para 1 bilhão de won (US$ 943,574) e limitar o número de estrangeiros que poderiam obter status de residente permanente para cerca de 6 mil. Funcionários coreanos reconhecem que o excesso de desenvolvimento da ilha pode ser prejudicial ao meio ambiente e que o afluxo de um número crescente de proprietários de imóveis pode erodir a soberania da Coreia do Sul sobre sua própria terra.