‘Caos climático’: alerta Greenpeace sobre 14 propostas de usinas de carvão e gás

23/01/2013 16:50 Atualizado: 23/01/2013 16:50
Um campo de mineração de carvão em Huo Lin Guo Le, na região da Mongólia Interior, China, em 15 de novembro de 2010 (Gou Yige/AFP/Getty Images)

Uma lista de 14 projetos energéticos de gás natural, petróleo e carvão ao redor do mundo aumentaria as emissões globais de carbono em 20% e criaria um “caos climático”, que resultaria no aumento da temperatura global, segundo um estudo recente do Greenpeace.

O grupo ambiental disse que os 14 projetos incluem a proposta de expansão maciça da mineração de carvão na China, que já é a maior consumidora mundial de carvão, bem como “o desenvolvimento de fontes de risco não convencionais de petróleo nas areias betuminosas do Canadá”.

No total, os 14 projetos em todo o mundo acrescentariam um valor anual de 6,34 bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera até 2020 se os projetos forem adiante como previsto, disse o Greenpeace, que utilizou uma análise da empresa de consultoria Ecofys do Reino Unido.

Cinco províncias no Noroeste da China serão as maiores contribuidoras para as emissões globais de carbono ao expandirem enormemente a produção e queima de carvão, disse o Greenpeace.

O país provavelmente produzirá 620 milhões de toneladas de carvão até 2015 e gerará mais 1,4 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, o que é “quase igual às emissões da Rússia em 2010”, disse o Greenpeace em seu relatório.

Este mês, uma fumaça densa demorou-se sobre Pequim e outras cidades chinesas, causando um alvoroço público, com muitos culpando a poluição das usinas de carvão chinesas.

“A maior parte das novas emissões dos 14 projetos de energia suja viria da expansão da mineração e queima do carvão. O carvão queimado para produzir eletricidade bombeia mais [dióxido de carbono] na atmosfera do que qualquer outra fonte de energia convencional”, disse o estudo.

O Greenpeace disse que todos os 14 projetos minam essencialmente os esforços e progressos realizados na contenção das emissões de carbono em todo o mundo, dizendo que a temperatura média do mundo aumentará em até 5 a 6 graus Celsius até o final do século.

“Estamos correndo contra o tempo para evitar uma mudança climática catastrófica”, disse Kumi Naidoo, o diretor executivo do Greenpeace Internacional, à Bloomberg News na terça-feira. “As empresas que promovem e os governos que permitem estas maciças ameaças climáticas devem substituí-las com energia renovável imediatamente.”

O estudo disse que a Austrália aumentaria as exportações de carvão para 408 milhões de toneladas por ano até 2025, produzindo cerca de 1,2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono. Enquanto isso, os Estados Unidos planejam exportar cerca de 190 milhões de toneladas de carvão por ano, somando cerca de 420 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano.

Canadá, Indonésia, Brasil, Venezuela, Cazaquistão, Iraque e países da Ásia Central também aumentarão sua produção de combustíveis fósseis no mesmo período, disse o grupo.

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