Candidatos conservadores são impedidos de representar eleitorado e recorrem ao TSE

18/07/2014 13:22 Atualizado: 18/07/2014 13:22

Assim como aconteceu com Jair Bolsonaro, que mesmo sendo filiado ao PP não conseguiu se lançar como candidato a Presidente do Brasil, a advogada Denise Abreu, pré–candidata pelo PEN, também foi barrada na convenção partidária.

O PEN alega que Denise não tem potencial para ser candidata pelo partido. Porém, paradoxalmente, o partido não apresentou um candidato com o “potencial” necessário, ao contrário disso, resolveu apoiar Aécio Neves, candidato de outro partido.

O presidente do PEN disse: “Eu não quero colocar o meu partido no hall dos que não aguentam ver uma eleição e já lançam candidatos sem potencial. Candidato tem que ter condições de concorrer. O Brasil é muito grande, eles têm que ter maneiras, por exemplo, de sair do Ceará de manhã, passar por Manaus e depois ir até o Rio de Janeiro no mesmo dia. E eles não apresentaram isso para mim e nem um plano de governo”.

Denise Abreu tenta impugnar a convenção do PEN, ela alega que apenas como pré-candidata conseguiu adesão maciça nas redes sociais obtendo mais de 2% das intenções de voto. Para a advogada, ex-diretora da ANAC, estava tudo certo para sua candidatura, já que o próprio Barroso, presidente do PEN, havia anunciado que ela seria a candidata do partido para esse pleito.

Denise Abreu se assume como conservadora, em franca oposição ao governo petista, e é vista como alguém que poderia encurralar Dilma Roussef em um debate. Sobre ela, Álvaro Dias disse: “Denise Abreu é verdadeiro arquivo vivo de denúncias que amedrontam o governo! É corajosa e tem muito a dizer!…”

Em entrevista ao cantor Lobão, Denise disse: “eu sou uma pessoa que representa o ANTI-PT e a luta pela retirada do poder deles, e introdução de uma nova forma de administrar… o resgate dos valores que foram destruídos ao longo desses 12 anos.”

A convenção do PP, que barrou Jair Bolsonaro, também foi contestada na justiça eleitoral. Mas o ministro Henrique Neves negou o pedido de liminar apresentado pela ala dissidente do Partido Progressista (PP) para suspender os efeitos da convenção nacional da legenda. Membros do partido e dirigentes saíram inconformados da convenção depois que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) se recusou a colocar em votação uma moção que pedia a neutralidade da sigla nas eleições presidenciais. Em vez disso, Nogueira colocou em votação simbólica uma proposta para que a Executiva Nacional decidisse sobre o assunto.

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