Globalmente, o tema da exploração da madeira ocupa lugar central, de acordo com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD). Os benefícios ambientais e econômicos estão em destaque na discussão.
“A conservação das florestas é essencial para a mitigação das mudanças climáticas. Nossas florestas absorvem o dióxido de carbono e fornecem outros serviços, mas quando são derrubadas, se convertem em uma fonte de emissões de gases”, disse Helen Clark, administradora do PNUD.
De acordo com o relatório do programa, 1.6 milhão de pessoas se beneficiam economicamente por materiais obtidos a partir de florestas, mas essa aquisição econômica deve gerar desenvolvimento sustentável, que não prejudique a mudança climática.
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A cada ano, mais de 13 milhões de hectares de florestas, ou seja, mais de dois territórios da Costa Rica, são derrubados, o que contribui em até 20% das emissões globais. Isso ameaça o progresso econômico e o bem-estar humano.
Por conta disso, o PNUD vem trabalhando na elaboração da Conferência do Clima, que será realizada no final deste ano em Paris. O objetivo dessa reunião é que os Estados Unidos, membro das Nações Unidas, se comprometa a reduzir metade da perda florestal em 2020, para então reduzir a zero no final de 2030.
“Esperamos que o setor privado construa e amplie os compromissos significativos já realizados para conseguir cadeias de fornecimento livres de desmatamento. Os governos também devem se comprometer a fazer o que é necessário para esse fim”, disse Helen Clark.