A cada ano, 3,3 milhões de pessoas morrem devido ao uso nocivo do álcool. Isso representa 5,9% de todas as mortes, um número que excede as mortes por AIDS, tuberculose e violência somadas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Um estudo da OMS citado pelo jornal El Universal em maio de 2014, afirma que uma em cada 20 pessoas morre no mundo vítima de uma das mais de 200 doenças relacionadas ao álcool.
O relatório assinala que 5,9% das mortes no mundo (7,6% em homens e 4% em mulheres) devido a doenças infecciosas, acidentes, lesões, homicídios, doença cardiovasculares ou diabetes, entre outras, têm relação com o consumo de álcool. Isto representa uma morte a cada dez segundos, disse o Dr. Shekhar Saxena, diretor do departamento de saúde mental e abuso de substâncias psicoativas da OMS.
Em termos globais, a Europa é a região com maior consumo de álcool per capita. Em segundo lugar está a região das Américas, enquanto a Ásia e a África são os continentes em que menos se bebe. Em geral, quanto maior o nível econômico de um país, maior é o consumo e menor é o nível de abstenção.
Além disso, uma porcentagem considerável de mortes é de jovens. As Américas e a Europa têm as maiores proporções de adolescentes (15 a 19 anos) que bebem álcool, com 53% e 70%, respectivamente.
Alguns países já estão desenvolvendo políticas para reduzir o uso nocivo do álcool com o objetivo de proteger as pessoas. Entre as políticas está incluído o aumento de impostos sobre o álcool, a limitação à sua disponibilidade através do aumento do limite de idade, e a regulamentação do comércio de bebidas alcoólicas.
“É preciso fazer ainda mais para proteger as pessoas contra as consequências negativas para a saúde provocadas pelo consumo de álcool”, disse Oleg Chestnov, diretor-geral assistente para doenças não transmissíveis e saúde mental da OMS. O especialista disse que o estudo “mostra claramente que não há espaço para complacência quando se trata de reduzir o uso nocivo do álcool.”