Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que um funcionário da corporação atuava como informante para a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Anderson Aguiar Drumond, auxiliar administrativo e chefe da divisão de serviços gerais da Polícia Federal em Brasília, repassava antecipadamente informações como datas e locais de operações policiais a um membro do grupo, Idalberto Matias de Araújo, vulgo Dadá, segundo escutas telefônicas reveladas pelas investigações.
Quatro dias após o repasse de informações privilegiadas, o nome de Anderson aparece com o valor de três mil reais na contabilidade da quadrilha divulgada pela PF.
A assessoria de imprensa da Polícia Federal informou que o funcionário foi afastado no dia 29 de fevereiro, quando a Operação Monte Carlo foi deflagrada. Ele foi indiciado e preso e agora responde em liberdade ao inquérito, que pode resultar em sua demissão. Ainda segundo a assessoria da PF, ele pode ser processado por violação de sigilo e formação de quadrilha.
A Operação Monte Carlo da Polícia Federal desarticulou uma organização que explorava máquinas caça-níquel e jogos de azar no Estado de Goiás, culminando na apreensão de 22 veículos, grande quantia de dinheiro, armas e jóias e na prisão de 28 pessoas, sendo dois policias.