O deputado Brizola Neto (PDT-RJ), foi empossado o novo Ministro do Trabalho e Emprego nesta manhã em solenidade no Palácio do Planalto.
Na cerimônia, a presidente Dilma Rousseff ressaltou em seu discurso o aumento do emprego e da renda do trabalhador brasileiro. Segundo ela, com os mais de dois milhões de postos de trabalho criados somente neste ano, o país navega na contramão da crise internacional. A presidente também destacou a formalização do emprego e aperfeiçoamento das leis trabalhistas como parte de uma nova concepção de desenvolvimento com inclusão social iniciada pelo governo Lula.
Dilma falou sobre os desafios para o novo ministro, destacou também o controle da inflação e voltou a defender a redução da taxa de juros aos níveis praticados pelo mercado internacional, bem como o combate à valorização artificial do câmbio e aos altos impostos, como formas de assegurar a produtividade, o emprego e a competitividade dos produtos nacionais.
Para a presidente, o caminho do desenvolvimento deve ser, ao invés da precarização, o da educação e capacitação do trabalhador. “Trazemos ao Ministério do Trabalho um jovem que simboliza, principalmente pelo sobrenome, um século de lutas pelas conquistas do trabalhador brasileiro. Carrega a história de seu bisavô João Goulart”, disse ela relembrando que Jango foi empossado ministro do Trabalho do governo Vargas praticamente com a mesma idade de Brizola Neto. “Brizola Neto ocupa a partir de hoje um cargo criado por um estadista e levado por um trabalhista”, disse.
Em seu discurso de posse, Brizola Neto disse que o Ministério do Trabalho precisa ser ágil para estar à altura dos desafios do país e que a pasta precisa se esforçar para acompanhar tanto o avanço tecnológico quanto o crescimento econômico nacional, segundo a Agência Brasil. “Se o traballho é parte da coluna cervical do país, o Ministério do Trabalho deve estar à altura desse imenso desafio. É preciso que (o ministério) seja ágil, transparente, inovador.”
Neto lembrou seu avô, Leonel Brizola, e outros personagens da luta pelos direitos trabalhistas ao dizer que o seu sobrenome integra uma linha de uma trajetórica histórica que vem sendo redesenhada por Lula, e agora Dilma, e se disse honrado com o convite da presidente. “O que preenche meu coração e pensamentos nesse instante é o dever de cumprir as expectativas.”
Para o novo ministro, a função estatal de regular as relações trabalhistas não pode perder de vista “a valorizaçao do trabalho, a dignificação do trabalhador e o entendimento de que é ele (trabalhador) o princípio, meio e fim de toda atividade econômica”, informou o site G1.
Dilma agradeceu ao ex-ministro do Trabalho Paulo Roberto Pinto, que assumira o cargo interinamente desde a renúncia do então ministro Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, em dezembro de 2011 após denúncias de corrupção na pasta.
Aos 33 anos, Carlos Daudt Brizola é o mais jovem ministro do governo Dilma Rousseff.