Petrolão, meta fiscal, subversão do poder representativo do Congresso, censura da imprensa e pedidos de explicações sobre a ingerência do Foro de São Paulo na soberania nacional são alguns dos temas abordados nas manifestações que foram às ruas de São Paulo no sábado (6), e ganham força no país.
Milhares de brasileiros insatisfeitos com o governo e desejosos de mudanças no cenário nacional se mobilizaram pela capital paulista – como em outras cidades do Brasil – para novamente manifestar sua voz, que está sendo censurada pela grande mídia nacional.
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Em São Paulo, os movimentos iniciaram suas manifestações por volta das 13h, em frente do MASP, na Av. Paulista. Cerca de 5 mil pessoas estiveram presentes nesse sábado, acompanhando o Movimento Brasil Livre (MBL), o movimento Vem pra Rua e o Movimento Brasileiro de Resistência (MBR), dentre outros de menor expressão.
Membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) e de outros grupos de esquerda também apareceram em menor número para expressar seus ideais com bandas e carros de som, visando ofuscar os discursos contra o governo do Partido dos Trabalhadores (PT), que clamavam principalmente “Fora PT”, “Fora Dilma” e “Fora Foro”.
O senador José Serra (PSDB-SP), Aloysio Nunes (líder do PSDB no senado e ex-motorista de Marighella), Soninha Francine (PPS) e Apóllo Natali, estes que representam alguns dos cinquenta tons de vermelho da esquerda, estiveram presentes nas manifestações contra o governo do PT e contra o Foro de São Paulo, que foi mencionado por Serra em seus discurso, após pressão popular (veja o vídeo abaixo).
Enquanto os demais grupos sem dirigiram para a Praça Roosevelt, no centro da cidade, o MBR – grupo a favor da intervenção militar -, seguiu para a base do Comando Militar do Sudeste, localizado próximo ao parque do Ibirapuera, zona sul. Cerca de 800 pessoas, acompanhadas de carro de som, soaram o hino do Exército e, Durval Ferreira, líder do grupo, pôde argumentar sobre a atuação das Forças Armadas em caso de uma intervenção militar, com a presença do coronel do QG e de soldados.
Kim Kataguri, um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) e ativista nas redes sociais, respondeu a algumas perguntas do Epoch Times sobre as manifestações deste último sábado. Leia a entrevista abaixo:
Epoch Times: O MBL é um grupo de base popular, sem vínculos corporativos ou partidários, que demanda transparência e lisura nas investigações dos crimes ocorridos na Petrobras e nos Correios, auditoria das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições e investigações urgentes sobre o papel do Foro de São Paulo na política nacional.
O grupo também pede que se respeite o papel do Congresso, reivindica uma imprensa livre e independente, mas deixa claro que não defende a intervenção militar ou o separatismo, e repele o uso partidário do aparato estatal visando restringir as liberdades dos cidadãos. Como você descreve esse movimento que está se expandindo?
Kim Kataguri: Hoje este é o maior movimento e ele consegue juntar pessoas de expressão (como o artista Lobão, Danilo Gentili, Paulo Batista e Paulo Eduardo Martins). Conseguimos reunir vários grupos, porque todos que querem a mudança deste cenário atual são bem vindos, temos a simpatia de políticos (que se opõem ao governo no poder), inclusive os de centro-esquerda, e temos esse apoio sem conflitos, desde que sejam éticos.
ET: Até onde vai o “caminhar junto” com opiniões diferentes, inclusive o pessoal que apoia a intervenção militar que está presente neste ato?
Kim: Caminhar numa manifestação juntos sim, apresentar propostas perante a imprensa não!!! Não somos uma direita saudosista, fazemos parte de uma nova direita, não somos extremistas e nosso papel também é pressionar a mídia, para que a verdadeira situação brasileira esteja sempre ao alcance de todos os brasileiros.
A intervenção é para pessoas que se associam militarmente. Essa ruptura militarista, não atrai pessoas influentes e afugenta a maioria das pessoas. Cada um age na frente que acha melhor, e nossa frente é comprometida na apuração de denúncias e na melhor investigação dos fatos atuais.
ET: Você acredita num processo de impeachment?
Kim: Imediatamente não! Há muitas coisas que precisam ser mais bem apuradas, como a meta fiscal e o Petrolão, para que haja um processo legítimo e democrático.
ET: Você vê uma oposição empenhada a ir a fundo dentro disso tudo?
Kim: A oposição tem dado provas de que quer ir adiante, inclusive mostrou força esta semana ante a aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). O PMDB também tem que fazer melhor o seu papel e decidir de que lado está, e evitar a paralisia do Congresso, pois há falta de sintonia do poder legislativo com o poder executivo.
Veja abaixo o discurso do jornalista Paulo Eduardo Martins: