Os dados foram divulgados no dia 4 de junho de 2014 pelo Conselho Nacional de Justiça. São cerca de 711.463 presos, considerando os que cumprem prisão domiciliar. A divulgação dos dados reitera e agrava uma situação que já faz parte do sistema prisional a muito tempo, a superlotação de presos e falta de estrutura para suportar a população carcerária.
São 354 mil presos além do limite máximo suportado no sistema carcerário do país. Além destes, ainda restam cerca de 374 mil para serem recolhidos às prisões do país, com mandado em aberto.
Com as novas estatísticas, o Brasil passa a ter a terceira maior população carcerária do mundo, segundo dados do ICPS, sigla em inglês para Centro Internacional de Estudos Prisionais, do King’s College, de Londres. As prisões domiciliares fizeram o Brasil ultrapassar a Rússia, que tem 676.400 presos.
O novo número também muda o déficit atual de vagas no sistema, que é de 206 mil, segundo os dados mais recentes do CNJ. “Considerando as prisões domiciliares, o déficit passa para 354 mil vagas. Se contarmos o número de mandados de prisão em aberto, de acordo com o Banco Nacional de Mandados de Prisão – 373.991 –, a nossa população prisional saltaria para 1,089 milhão de pessoas”, afirmou o conselheiro Guilherme Calmon.
Abaixo lista com as maiores populações carcerárias são:
1. Estados Unidos da América 2.228.424
2. China 1.701.344
3. Brasil 711.463
4. Rússia 676.400
5. Índia 385.135
6. Tailândia 296.577
7. México 249.912
8. Irã 217.000
9. África do Sul 157.394
10. Indonésia 154.000