Cerca de 40% das instalações foram danificadas pelo incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) recebeu no dia 2 de março 10 cientistas brasileiros envolvidos no Programa Antártico Brasileiro (Proantar) da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), onde ocorreu um acidente que deixou duas pessoas mortas e um ferido no mês de fevereiro. Foi comentado que dos projetos em desenvolvimento, cerca de 60% das investigações não foram prejudicadas pelo incêndio.
Dos 40% prejudicados, a maior parte corresponde a investigações de biologia marinha.
O encontro visava planejar ações conjuntas entre as instituições científicas e o ministério para garantir o desenvolvimento das pesquisas, informou o MCTI.
Segundo os cientistas, uma das ações de emergência sugerida a curto e médio prazo é fazer os projetos não afetados voltarem a funcionar evitando a perda de dados científicos vitais para os resultados neste período.
Por isso, a secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), que coordena os assuntos relacionados aos recursos marinhos no Brasil, oferecerá aos pesquisadores a possibilidade de voltarem ao continente antártico por meio de um voo da Força Aérea Brasileira. Também coordenarão para eles uma série de atividades conjuntas com estações de diferentes países até que a EACF seja reconstruída.
O Instituto Nacional de Investigações Espaciais destacou que seus três projetos de pesquisa localizados na EACF serão feitos em colaboração com institutos brasileiros e estrangeiros.
Desde o início do Proantar, foram realizados estudos sobre a atmosfera, mudanças climáticas, camada de ozônio, e efeito estufa.
A continuação, decidida entre os cientistas e o ministério, foi criar um grupo para a reconstrução da EACF. Serão os cientistas envolvidos no Proantar que orientaram as construções segundo as especificações técnicas necessárias para as pesquisas. Além disso, a obra levará em consideração a sustentabilidade e o uso de energia limpa.