Bolsonaro e militares da AMAN são investigados pelo Ministério Público Militar

09/12/2014 09:41 Atualizado: 09/12/2014 09:41

No último dia 29, o deputado Jair Bolsonaro compareceu ao evento de formatura de novos oficiais na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende – RJ.

Jair Bolsonaro foi levado até os oficiais recém formados e discursou para os mesmos. No momento ele comentou que pretende se candidatar a presidente em 2016. Ele disse que “Nós temos que mudar este Brasil, tá ok?… Há 24 anos apanho igual a um desgraçado em Brasília, mas apanho de bandidos. E apanhar de bandidos é motivo de orgulho e glória. Um abraço a todos! … Nós amamos o Brasil, temos valores e vamos preservá-los”. Os militares exaltaram Bolsonaro gritando: Líder! Líder!

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Segundo a Procuradoria-Geral da Justiça Militar, o Regulamento Disciplinar do Exército diz que “autorizar, promover ou tomar parte em qualquer manifestação de caráter político” constitui uma transgressão disciplinar que pode resultar em punições para os militares, que vão desde advertência até a “exclusão a bem da disciplina”. O vídeo do discurso de Bolsonaro será analisado pelo órgão. Bolsonaro negou ter feito discurso.

Quem assiste ao video percebe que Bolsonaro foi ao local realmente para cumprimentar os formandos. Eles receberam bem o deputado, que também é oficial do Exército. É obvio que não houve má intenção de nenhuma das partes.

Ex-capitão do Exército, Bolsonaro tem, além da sociedade conservadora, os militares como parte importante de seu eleitorado. Setores da direita apóiam Bolsonaro para candidato à presidente em 2018. Alguns dizem que se isso ocorrer deve ser pelo Partido Militar Brasileiro, já que pelo PP, seu atual partido, isso é praticamente impossível e ha uma “janela” para que políticos, mesmo exercendo mandato, mudem para partidos recém criados.

Jornais cariocas dizem que Bolsonaro foi Informado sobre a investigação do Ministério Público Militar, e que o mesmo respondeu que não deve explicações a ninguém: “Tenho imunidade parlamentar para falar o que eu quiser”.