A Bolívia tomou e nacionalizou os bens de uma empresa canadense de mineração de prata na Bolívia, após violentos protestos contra os planos de desenvolvimento da empresa.
A Companhia de Prata Sul-Americana foi acusada de incitar a violência entre a maioria indígena nativa em torno do projeto Malku Khota de mineração de prata-índio-gálio que estava desenvolvendo perto do sudoeste da cidade de Potosi.
A empresa disse num comunicado na quarta-feira que não recebeu qualquer aviso prévio do governo boliviano sobre seus planos de nacionalizar a mina. “Nós nos opomos fortemente ao curso de ação declarado pelo governo e buscaremos todas as opções legais, constitucionais e diplomáticas”, disse Greg Johnson, presidente da empresa de mineração.
Mas o presidente boliviano de esquerda Evo Morales afirmou que “irmãos, cunhados, primos e vizinhos” estavam em desacordo uns com os outros por causa das ações da empresa, segundo um comunicado na terça-feira. “Como podemos estar em desacordo uns com os outros por causa de uma empresa internacional que vem para saquear nossos recursos naturais?”, disse Morales, segundo a Reuters.
Rivais nas comunidades locais tomaram sete reféns devido aos planos de desenvolvimento, incluindo funcionários da empresa e policiais locais. Os trabalhadores que eram mantidos reféns foram liberados depois que o governo disse que consideraria um estudo de nacionalizar o projeto, disse à Reuters.
A Companhia disse que 43 das 46 comunidades indígenas apoiam o projeto Malku Khota. Ela investiu mais de 16 milhões de dólares para explorar o local desde 2007, disse a empresa num comunicado de imprensa, e desenvolveu tecnologia própria no local, que diz ser fundamental para desenvolver o potencial da mina.
A ação de Morales vem apenas semanas depois dele anunciar a nacionalização da mina Colquiri de propriedade da Glencore International.