Na quinta-feira (17), o BNDES firmou parcerias com instituições chinesas que vão além da VI Cúpula dos Brics. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, assinou memorandos de entendimento com os presidentes do Banco de Desenvolvimento da China, Hu Huaibang, e do Eximbank chinês, Li Ruogi. A cerimônia aconteceu durante o encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da China, Xi Jinping, que veio ao país para participar da Cúpula dos Brics.
Esses memorandos estabelecem cooperação mútua para promoção de programas e desenvolvimento de projetos de interesse comum nas áreas de infraestrutura, transporte, geração de energia, telecomunicações, pesquisa e desenvolvimento e agricultura.
Os acordos também facultam aos bancos envolvidos a concessão de financiamentos, co-financiamentos ou criação de consórcios para apoiar projetos de investimento no Brasil ou em outros países “que atendam aos intereses e políticas operacionais de ambas as instituições e às políticas de ambos os países”.
Conforme comunicado do BNDES, a cooperação entre o Banco e o CDB inclui a possibilidade de concessão de linha de crédito da entidade chinesa ao BNDES para apoio a projetos de interesse comum, conforme o molde já definido e executado com outros bancos de desenvolvimento multilaterais e agências governamentais. Este memorando terá prazo de vigência de três anos.
No caso do BNDES e Eximbank chinês, o prazo é menor, de dois anos, e o foco é a cooperação em projetos de diversas áreas, como energia, infraestrutura e aeronáutica; projetos de investimento e comércio de produtos e serviços de alto valor agregado.
No setor de aviação, o BNDES poderá conceder empréstimos diretos ou estruturar operações em cooperação com o Eximbank para alavancar financiamento às exportações de aeronaves brasileiras para a China ou outros mercados.
Segundo o BNDES, os memorandos visam a diversificação de suas fontes de recursos, contribuindo para a atração de investimentos para o Brasil, apoiando, desta forma, as empresas brasileiras “por meio do incremento ao financiamento às exportações ou do apoio aos seus investimentos diretos externos”.