A ativista Elisa Quadros Pinto Sanzi, mais conhecida como Sininho, de 28 anos, foi presa na manhã deste sábado (12) em Porto Alegre em operação conjunta da Polícia Civil do Rio Grande do Sul com a do Rio de Janeiro. Por meio de interceptações telefônicas, a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) teria descoberto que a ativista teria negociado a compra de fogos de artifício que seriam usados em protestos no Rio.
Além de Sininho, 18 outros Black Blocs, acusados de promover atos de vandalismo durante manifestações, também tiveram prisões temporárias decretadas pela 27ª Vara Criminal do Rio. Entre os detidos, há um professor de História, que foi preso em casa, na Urca, Zona Sul do Rio. No imóvel, os policiais encontraram uma máscara contra gás lacrimogêneo.
Natural de Porto Alegre, Sininho vinha sendo investigada desde o episódio que resultou na morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, da TV Bandeirantes, em fevereiro de 2014. Santiago foi atingido na cabeça por um rojão quando registrava o confronto entre manifestantes e policiais em protesto contra o aumento da passagem de ônibus.
Amigos dos ativistas afirmam que as prisões foram motivadas por perseguição política, com o objetivo de inibir a realização de manifestações no entorno do Maracanã programadas para domingo, último dia da Copa do Mundo.