Black Bloc e o vitimismo da esquerda

11/02/2014 12:57 Atualizado: 13/02/2014 11:26

O vídeo que viralizou a internet no dia de hoje (11) foi o da ameaça de um black bloc a um cinegrafista que estava fazendo seu trabalho cobrindo a prisão de outro black bloc acusado de ter assassinado seu colega de trabalho que estava a serviço da Rede Bandeirantes.

O vídeo é este aqui:

O destaque chocante do vídeo não é tanto o black bloc “playboy revoltado da zona sul” que ameaça o cinegrafista de ser o próximo a morrer e depois sai correndo do mesmo quando vê que está sozinho, até porque esse é o comportamento normal dessa gente, como já dizia Gabriel o Pensador há 20 anos na música “Retrato de um Playboy”:

“Sou playboy e vivo na farra
Vou à praia todo dia e sou cheio de marra
Só ando com a galera e nela me garanto
Só que quando estou sozinho eu só ando pelos cantos“

O que realmente me deixa chocado é o comportamento vitimista dos ativistas frente à reação daqueles que são provocados. A ativista (ativismo, no Brasil, é profissão) Sininho começa a gritar “você está louco” para o cinegrafista que reagiu violentamente a uma ameaça de morte, gerando uma cena onde a verdadeira vítima, o cinegrafista, passa a ser o algoz, enquanto o black bloc que ameaça tirar a vida do cinegrafista passa a ser vítima.

Outro vídeo que ficou famoso foi o debate entre Jair Bolsonaro e Maria do Rosário. Esta última começa a dizer que Jair Bolsonaro incentiva o estupro, xingando, na prática, de estuprador, pois o próprio código penal dispõe que aquele que incentiva diretamente a ocorrência de um crime pode ser considerado como partícipe. Não satisfeita, ela ainda encara o deputado e ameaça bater nele, que é obrigado a pôr a mão no peito da deputada para afastá-la e diz que se ela o agredir, ele revidará. Por fim, nervoso, a xinga de vagabunda, isso depois de ser xingado de estuprador, ameaçado verbalmente de violência física e de a deputada ter partido para cima dele com intuito escuso. A deputada então cria novamente o cenário de vítima e começa a gritar “mas o que é isso aqui?” e gritar que mulher nenhuma pode ser xingada (mas xingar pode?). Segue o vídeo:

É a velha máxima de Lênin: “acuse-os do que você é, xingue-os do que você faz”.

Assim como no caso do black bloc, o que mais se vê em matéria de política esquerdista é a mesma coisa: políticos falando em ética sendo os mais anti-éticos, falando em defesa da família e sendo os primeiros a patrocinar orgias com garotas de programa, falando em combate à corrupção e roubando, além de criar mais burocracia para incentivar a corrupção, e assim sucessivamente.

É uma completa dissociação de discurso e prática, mas que consegue iludir uma população intelectualmente fragilizada. O movimento esquerdista atual usa de subterfúgios psicológicos para criar um clima favorável a si, e os anti-marxistas se veem presos em um esquema de retórica do qual não conseguem sair.

Essa gente precisa ser desmascarada imediatamente, ou continuarão, através do seu vitimismo revolucionário, a vitimar toda a sociedade brasileira.

Bernardo Santoro é Diretor do Instituto Liberal, Mestrando em Direito (UERJ) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política da Faculdade de Direito da UERJ. Advogado e Diretor Administrativo do Instituto Liberal

Esse conteúdo foi originalmente publicado no portal do Instituto Liberal