Estudo revela que beber uma xícara de café com cafeína pode dilatar os vasos sanguíneos até a largura de um dedo, melhorando significativamente o fluxo de sangue; isso foi demonstrado por 27 adultos que se submeteram ao teste.
Pesquisadores do Japão, liderados por Masato Tsutsui, cardiologista e professor do Departamento de Farmacologia da Universidade de Ryukyu, descobriu que pessoas que bebem uma xícara de café com cafeína tiveram um aumento de 30% no fluxo de sangue durante 75 minutos.
“Isso nos dá uma ideia de como o café pode ajudar a melhorar a saúde cardiovascular”, disse Tsutsui em relatório.
“O estudo faz parte de um grande número de pesquisas já realizadas sobre o café, a bebida mais consumida no mundo”, publicou a revista sobre saúde American Heart Association, acrescentando que “estudos anteriores mostraram que o consumo de café está associado a um menor risco de morrer de doença cardíaca e acidente vascular cerebral, e altas doses de cafeína podem melhorar a função das artérias maiores.”
Tsutsui disse que ainda não está claro como a cafeína ajuda a melhorar a função dos vasos sanguíneos menores, mas a cafeína pode abrir os vasos sanguíneos e reduzir a inflamação.
“Se pudéssemos saber como funcionam os efeitos positivos do café, isso poderia conduzir a uma nova estratégia de tratamento para a doença cardiovascular no futuro”, disse Tsutsui.
Por outro lado, o cardiologista Vincent Bufalino, porta-voz da Associação do Coração e vice-diretor do Instituto Cardiovascular em Chicago, EUA, disse: “É difícil chegar a conclusões científicas mais abrangentes com base neste pequeno estudo. A investigação é limitada a apenas uma xícara de café.”
“Pequenas quantidades de café pode ser benéficas, mas um consumo maior aumenta sem dúvida a pressão arterial. Definitivamente aumenta a frequência cardíaca e torna mais provável o aumento de palpitações cardíacas”, disse Bufalino. “Vemos isso todos os dias em pacientes que ingerem cafeína. Muitas pessoas sentem que uma xícara de café recupera, mas em excesso pode ter efeitos negativos”, disse o cardiologista.