Os sírios votaram nesta terça-feira (3) para eleger seu novo presidente que, entretanto, já era conhecido antecipadamente. Bashar el-Assad, o ditador Sírio, no poder desde 2000, concorre a um terceiro mandato. Assad foi visto votando, em um posto no bairro de Al Malki, na capital, Damasco, de acordo com a Agência Lusa.
A oposição síria e os Estados Unidos não reconhecem o resultado das eleições e a qualificam como uma farsa. As eleições foram introduzidas por Assad numa tentativa de branquear o regime, que atravessa uma guerra civil que provocou mais de 162 mil mortes no país, entre elas 53.978 civis, desde o início do conflito em março de 2011, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Os antigos ministros, Hassan al-Nouri e Maher al-Ajjar, também concorreram às eleições presidencias para criar um “ambiente eleitoral”. A lei imposta por Assad para as eleições, impede a oposição de participar.
As eleições substituem os referendos que Bashar al-Assad e, antes dele, seu pai Hafez, usavam para legitimar o poder. A família Assad governa a Síria há 40 anos.