O sintoma associado com a dor ciática tem gerado desconforto na humanidade há muitos anos. Essa aflição foi mencionada pela primeira vez em um antigo texto médico egípcio conhecido como o Papiro de Edwin Smith, que data do período aproximado do ano 1550 a.C. O sintoma também chegou a ser mencionado na Bíblia.
As dores ocorrem na região lombar que irradia-se através das pernas, joelhos, tornozelos e dos pés e podem vir acompanhadas de calor nas extremidades e uma possível inflamação.
Essa dor é sempre mais intensa quando a pessoa fica imóvel e aqueles que sofrem de ciatalgia crônica normalmente têm dificuldade em ficar sentados por muito tempo sem que a dor, normalmente em queimação, se irradie através dos membros inferiores partindo da articulação sacroilíaca.
A ciatalgia é uma condição encontrada normalmente em profissionais que necessitam permanecer em pé em um mesmo lugar durante horas, como os cabeleireiros.
Ficar de pé junto aos clientes durante longos períodos de tempo, impõe uma sobrecarga das articulações do quadril e das extremidades inferiores, dando lugar a uma necessidade de aliviar o peso sobre os pés. Se os músculos posturais entram em crise, isso pode conduzir a uma falta de alinhamento pélvico que pode ocasionar o aparecimento da dor ciática.
Propriedades da bardana no combate às dores
A bardana – uma planta da espécie artium é recomendada pela cultura popular para aliviar totalmente ou parcialmente esses sintomas quando o corpo e os membros inferiores se movem com agilidade.
O perfil mineral da “bardana” se relaciona com os efeitos nos rins e nos nervos ciáticos. O sódio e o potássio estão presentes em associação natural para equilibrar os níveis de fluídos no corpo. A inulina também está presente e poderia estimular a função renal e o tônus muscular na parte inferior do corpo. A glucosida está presente e proporciona mais energia à excreção renal.
O silício contido na bardana poderia atuar para romper os cálculos renais que podem estar associados ao quadro de dor em pacientes que sofrem deste conjunto de sintomas. O silício também é um fator importante para a saúde do envoltório do nervo ciático.
A bardana foi considerada como um valioso remédio durante toda a Idade Média. Sua raiz contém uma alta quantidade de mucilagem, que é recomendada para aliviar a irritação causada por cálculos renais e também suaviza os efeitos eliminatórios.
As pessoas que sofrem esses sintomas geralmente caminham todos os dias, porém não encontram seu ritmo e tratam a dor com desdém. O sonho pode ser prejudicado pela dor que piora à noite e essas pessoas normalmente recorrem a doses elevadas de analgésicos, o que sobrecarrega os rins.
Devido ao típico problema emocional dessas essas pessoas, podemos vê-las adiar a busca de tratamento inclusive com um conjunto de sintomas que incluem dores lombares, cálculos renais, ciatalgia e edema nos membros inferiores. Esse martírio não precisa ocorrer já que a manipulação através da quiropraxia, osteopatia combinadas com atividade física, massagem e a fitoterapia podem ser muito eficazes para o alívio dessas dores.
A lição positiva que necessitam aprender a pessoas que utilizam a “bardana” é que simplesmente elas precisam caminhar. O movimento rítmico de uma boa caminhada com os braços e as pernas alternando com passos livres é justamente o que receitam os especialistas nesses casos.
Em nossa sociedade moderna temos a tendência de conduzir um automóvel para ir a qualquer parte. Há poucas gerações esse não era o caso. As pessoas geralmente caminhavam se queriam chegar a algum lugar e estavam muito melhores fisicamente e mais distantes desses sintomas.
Os jovens caules e a raiz da bardana eram consumidos tradicionalmente como vegetais por muitas culturas através da história, incluindo os japoneses, chineses, indianos, europeus e as culturas nativas americanas. Um chá preparado com as raízes também é tradicionalmente utilizado na cultura popular para depurar o sangue e também como diurético.
Recomendo que antes de utilizar a bardana para ser beneficiado de suas propriedades, o paciente deve consultar um fitoterapeuta que esteja capacitado para lhe orientar tanto para suas indicações como para a sua dosagem.
Luke Hughes é fitoterapeuta e horticultor de Sydney, Austrália.
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