Barco chinês suspeito de bater em barco de pesca filipino

25/06/2012 13:00 Atualizado: 25/06/2012 13:00

Filipinos se manifestam em frente à embaixada chinesa nas Filipinas em 11 de maio. (Ted Aljibe/AFP/Getty Images)Tensões territoriais entre a China e as Filipinas no Mar da China Meridional podem ter causado a morte de um pescador e deixado outros quatro desaparecidos.

Um navio chinês é suspeito de abalroar um barco de pesca filipino perto da disputada Ilha Panatag (ou Scarborough) em 20 de junho, que lançou a tripulação de oito homens na água. Quatro dos pescadores foram resgatados no sábado, mas posteriormente morreram de hipotermia no hospital, disse Benito Ramos, o gerente de desastres filipino, de acordo com o jornal local Sun Star.

Outros quatro pescadores ainda estão desaparecidos.

Um pescador que estava a bordo disse que o navio era de origem chinesa, mas não conseguiu identificar o barco que os atingiu, segundo o jornal Inquirer baseado nas Filipinas.

“Eles não [ajudaram]”, disse Ramos. “É por isso que é suspeito. Se fosse um acidente, então, eles deveriam ter ajudado.”

Durante dois meses tem havido crescente confronto entre as nações na área disputada do Mar da China Meridional, também chamado Mar Ocidental das Filipinas. Num incidente recente, embarcações chinesas impediram um navio da marinha filipina de prender pescadores chineses que supostamente pescavam ilegalmente em águas das Filipinas.

Em 15 de junho, a China e as Filipinas haviam concordado em retirar seu acúmulo de navios. As Filipinas removeram um navio da guarda costeira e outro navio de seu governo, mas a China só retirou os barcos de pesca e não sua marinha, informou o Inquirer.

No sábado, o contra-almirante Yin Zhuo da China teria ordenado que navios da Marinha fossem atrás de navios e pescadores filipinos na ilha, dizendo-lhes para abordar e vasculhar seus navios, segundo a mídia estatal Serviço de Notícias da China. O oficial teria dito que as Filipinas não devolveram “24 barcos de pesca chineses que apreendeu”.

Além disso, ele disse que a Marinha da China não hesitaria em usar força mortal se necessária, segundo o Inquirer, citando um artigo publicado no Diário do Povo, um jornal porta-voz do regime chinês.