O presidente Barack Obama conversou por telefone nesta quarta-feira (22) com o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, e ofereceu a ajuda dos Estados Unidos. A conversa ocorreu depois que um soldado foi baleado no memorial de guerra, perto do Parlamento canadense, que foi alvo de um atirador.
Obama expressou solidariedade com o país vizinho e “condenou os ataques chocantes, e reafirmou a amizade próxima e a aliança entre os povos”, afirmou a Casa Branca, em comunicado. “O presidente ofereceu qualquer assistência que o Canadá precise para responder a esses ataques”, acrescentou o texto, dizendo apenas que o premiê canadense agradeceu pelo contato.
Não foram especificadas quais medidas poderiam ser tomadas em resposta ao atentado. Em entrevista coletiva, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que os Estados Unidos não estão em posição de dizer se os ataques foram resultado de um ato terrorista.
Antes dos incidentes desta quarta, o Canadá havia elevado o alerta contra ameaça terrorista para o nível ‘médio’. Na segunda-feira, um jovem convertido ao islã atropelou deliberadamente dois militares, matando um deles. Depois do atropelamento, o governo informou que deve apresentar nos próximos dias uma nova legislação antiterror.
Nesta quarta, o premiê Harper afirmou que os ataques desta quarta na capital não podem deter o governo. “O primeiro-ministro condenou esse ataque desprezível e reiterou a importância de manter o funcionamento do governo e do Parlamento”, afirma um comunicado distribuído por seu gabinete.
Harper tinha um encontro agendado para ontem (23) com a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, vencedora do Prêmio Nobel da Paz deste ano. Ele estava em seu escritório no Parlamento quando os tiros começaram, mas foi retirado do local em segurança, informaram as autoridades.
Assim como o presidente Obama, o secretário de Estado americano, John Kerry, também foi informado sobre os detalhes dos ataques no Canadá. A embaixada americana em Ottawa, localizada perto do Parlamento, foi fechada, e a embaixada canadense em Washington restringiu o acesso apenas a funcionários.
Em Nova York, a segurança do consulado canadense foi reforçada. O FBI alertou suas unidades a elevarem o nível de alerta até que fique claro que o incidente em Ottawa foi um caso isolado e não uma ação coordenada. O Norad, comando de defesa aérea conjunta dos Estados Unidos e Canadá informou que estava a postos para qualquer resposta necessária diante da situação.