Primeiro a boa notícia, em setembro, a China vendeu apenas $43 billhões de sua reserva de moeda estrangeira, sendo a maioria títulos do Tesouro Americano.
Este número é muito inferior aos $94 bilhões vendidos em agosto. Portanto, parece que o regime chinês conseguiu estancar a hemorragia que estava consumindo as reservas do país, que eram de $4 trilhões (agosto de 2014) e passaram para $3.51 trilhões (setembro de 2015).
Vendas menores por parte da China também são benéficas, porque reduzem a pressão sobre as taxas de juros nos Estados Unidos.
Portanto, aparentemente algumas das medidas para reprimir as trocas e saques em dinheiro no exterior tiveram certo resultado positivo.
“A saída de FX (ativos estrangeiros) foi moderada em setembro diante dos claros sinais de políticas de apoio a moeda e… restrições para retardar a saída”, escreveu em nota a Goldman Sachs.
A má notícia, porém, é que os analistas acreditam que estes números não refletem a real situação e, eventualmente, devem ser elevados com os novos dados à serem liberados pelo mercado.
“À medida que o Banco do Povo da China também interveio no mercado mês passado, as reservas estrangeiras provavelmente serão puxadas para baixo novamente quando os contratos começarem a vencer”, disse Zhou Hao, economista sênior do Commerzbank na Ásia à Reuters.
A Goldman Sachs prefere olhar para os dados de liquidação dos banco por parte da Administração Estatal de Câmbio, que inclui operações com derivativos, mas não está limitado as reservas estrangeiras oficiais. Esses dados em conjunto registraram saídas de $178 bilhões em agosto, o dobro do divulgado pelo Banco Popular da China.
O Epoch Times relatou anteriormente que as saídas de reversas estrangeiras chinesas são sistêmicas, todavia o regime chinês pretende fingir que a situação irá melhorar em breve.
“Eu acho que a estratégia [da China] para conseguir controle deve ser estabilizar a taxa da compra imediata [spot rate], intervir nos mercados offshore e onshore, e esperar que os dados econômicos mostrem uma recuperação da economia, trazendo a confiança um pouco de volta”, disse Tim Condon, consultor-chefe do ING Bank em Singapura para mercado asiático à Reuters.