Banco de Desenvolvimento do Brics é criado com capital de US$ 100 bilhões

16/07/2014 13:33 Atualizado: 16/07/2014 13:33

Com a presença de 16 chefes de Estado, a 6ª Reunião de Cúpula do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – começa o segundo dia de reuniões, no Palácio Itamaraty, em Brasília. Participam das discussões 11 presidentes da América do Sul. Ontem (15), os líderes do Brics anunciaram, em Fortaleza, a criação do Banco de Desenvolvimento do Brics e do fundo de reservas para o bloco.

Os chefes de Estado chegaram ao Palácio Itamaraty, pela entrada privativa, sem acesso aos jornalistas. Às 12h15, a foto oficial foi tirada nos jardins do 3º andar do palácio, e os líderes dos 16 países seguiram para a Sala Portinari, onde ocorrerão os debates. Os jornalistas têm acesso às palavras dos presidentes por televisores nas áreas reservadas à imprensa dentro do edifício. Às 13h30, a presidenta Dilma Rousseff oferecerá um almoço em homenagem aos chefes de Estado no próprio Itamaraty.

À noite, com o fim da 6ª Reunião de Cúpula do Brics, a presidenta Dilma oferecerá um coquetel no Itamaraty aos chefes de Estado e de Governo da América do Sul, do quarteto da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac) e da China, que se reunirão amanhã (17) no Itamaraty.

O principal avanço do sexto encontro de líderes do bloco foi a criação do Banco de Desenvolvimento do Brics com um capital inicial de US$ 100 bilhões. Os cinco países se comprometeram a reunir, no primeiro momento, um total de US$ 50 bilhões. O dinheiro será usado para financiar projetos dos países-membros.

Mesmo com a saída financeira que vai garantir o andamento de prioridades do bloco, os países do Brics não deixaram de priorizar, na capital cearense, a reivindicação pela reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), para contemplar mais claramente os efeitos das economias emergentes.

Antes de chegar a Brasília, os líderes dos Brics também reiteraram a defesa pela reforma no Conselho de Segurança da ONU, garantindo a participação do Brasil, da Índia e da África do Sul nas decisões internacionais.

Hoje mais cedo, a presidenta Dilma e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, assinaram três acordos nas áreas de meio ambiente, processamento de dados de satélite e troca de informações sobre cidadãos.

*Colaboraram Carolina Gonçalves e Danilo Macedo.

EBC