Uma baleia mãe e seu filhote macho, encalhados mortos numa praia da Nova Zelândia, foram identificados como baleias-bicudas-de-bahamonde, Mesoplodon traversii, anteriormente conhecidas apenas a partir de ossos.
As raras baleias foram levadas pelo mar até a costa de Opape Beach, na costa norte de North Island em 2010, onde foram tiradas fotos e amostras pelo Departamento de Conservação da Nova Zelândia. Na época, elas foram identificadas como baleias de bico cinza, que são muito mais comuns.
No entanto, o erro foi percebido após uma análise de DNA de rotina que fazia parte de um programa de coleta de dados, de duas décadas, sobre baleias-bicudas ao redor da Nova Zelândia.
“Esta é a primeira vez que esta espécie – uma baleia com mais de cinco metros de comprimento – foi vista como um espécime completo, e nós tivemos sorte o suficiente para encontrar duas delas”, disse Rochelle Constantine em um comunicado divulgado na Universidade de Auckland.”
“Até agora, tudo o que sabemos sobre a baleia-bicuda-de-bahamonde foi por meio de três crânios parciais coletados da Nova Zelândia e Chile ao longo de 140 anos.”
“É notável que não saibamos quase nada sobre um mamífero tão grande.”
Esta é a primeira descrição completa da espécie. Não se sabe porque as baleias são tão difíceis de achar.
“Pode ser que elas simplesmente sejam uma espécie que vive e morre nas profundas águas do oceano e só raramente aparece na costa”, conclui Constantine. “A Nova Zelândia é cercada por oceanos enormes.”
“Há uma grande quantidade de vida marinha que permanece desconhecida para nós.”
Os resultados foram publicados na revista Current Biology, dia 6 de novembro, destacando a importância da tipagem de DNA e coleções de referência para identificação de espécies raras.
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