Como tiveram sete anos, mas falharam na organização da Copa do Mundo, os dois maiores responsáveis, Lula e Dilma, passam a desqualificar o que, na boca deles, seria a grande vitória do Brasil: o legado da Copa. As obras de infraestrutura. A mobilidade urbana. A melhoria da vida nas cidades-sede.
Na quinta-feira (15) durante a solenidade de lançamento do ‘Compromisso Nacional pelo Emprego e Trabalho Decente na Copa do Mundo’, Dilma afirmou que “o legado da Copa é nosso, ninguém que vem aqui leva aeroporto, obras de mobilidade urbana nem estádios na mala”, afirmou. Segundo ela, os estrangeiros que vierem assistir aos jogos vão levar consigo apenas a garantia e a certeza de que este é um país “alegre e hospitaleiro”. E concluiu: “os aeroportos ficam pra nós, as obras de mobilidade e os estádios ficam pra nós”. E a imagem do país diante do mundo? E os ganhos para o nosso turismo, tão decantados? Nada disso tem mais importância diante do caos e da bagunça.
Nesta sexta-feira (16) durante ‘4º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais’, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “babaquice” a preocupação de dar condições de primeiro mundo a torcedores durante a Copa do Mundo, como “chegar de metrô dentro do estádio”, porque brasileiro não tem problema “em andar a pé”. “Nós nunca tivemos problemas em andar a pé. Vai a pé, vai descalço, vai de bicicleta, vai de jumento, vai de qualquer coisa. Mas o que a gente está preocupado é que tem que ter metrô, tem que ir até dentro do estádio? Que babaquice é essa? Tem que dar garantia para essa gente assistir ao jogo, tem que ter o melhor da comida brasileira, tem que tratar bem as pessoas nos hotéis…”
Novamente, é de se perguntar: quem vai voltar ao Brasil? Como vamos ser vistos lá fora, com turistas sendo assaltados e tendo que pular buracos para chegar aos estádios? Ocorre que é tempo de eleição e Lula, agora, está falando para os “coreanos” do Brasil. Apelando para o jeitinho brasileiro. Obviamente que Lula tambem não teve a mínima preocupação com os obesos, os portadores de deficiências, os idosos que não terão a mínima infra-estrutura para chegar aos estádios. Enfrentarão as piores aventuras. O mundo já superou estas coisas.
Depois de encarar inúmeros protestos, a África do Sul, em 2010, adaptou os estádios em termos de acessibilidade. Não só os estádios. Os acessos! Quatro anos depois, o Brasil vai fazer um fiasco diante do mundo. Foram vendidos milhares de ingressos especiais da FIFA para estas pessoas, com direito a acompanhante. São um dos públicos mais respeitáveis de uma Copa do Mundo. Preparem-se para ver reportagens e reportagens de estrangeiros que não conseguirão chegar ao estádio. A verdade é que a Copa do Mundo no Brasil virou um campeonato de várzea. O que Dilma e Lula mais querem que o juiz apite, bola pra frente e seja o que Deus quiser. A Copa do Mundo do Brasil não tem legado. É mais uma herança maldita de pessoas incompetente que estão no poder.
Essa matéria foi originalmente publicada pelo Vide Versus