Autoridades norte-americanas afirmaram que os bombardeiros B-52 que sobrevoaram o Mar do Leste da China na terça-feira eram parte de um exercício militar planejado há algum tempo. E que não seria, dizem eles, uma resposta direta à recente declaração audaciosa da China de que as águas internacionais e as ilhas Senkaku pertencem a China.
Planejado anteriormente ou não, nós aplaudimos esta atuação dos últimos dias do “fale suavemente e carregue um grande porrete” de Teddy Roosevelt.
Ao voar por uma hora ao em meio ao espaço aéreo que a China anunciou que defenderia, os Estados Unidos responderam com clareza e de forma decisiva a tentativa de Pequim de expandir sua autoridade na região.
A China prometeu ao mundo uma “ascensão pacífica” e que seria responsável nos assuntos mundiais. Mas toda a vez que fazem estas promessas, as ações do regime chinês no cenário mundial têm sido invariavelmente agressivas.
A China rouba tecnologia ocidental descaradamente – segundo especialistas em cibersegurança da BlackOps Corporation, seus roubos custam à economia centenas de bilhões de dólares por ano. Ela exporta produtos venenosos, como comida de bebê contaminada com melamina, comidas e petiscos para animais de estimação impregnados com metais pesados e brinquedos revestidos com tinta tóxica com chumbo.
Ela quebra compromisso após compromisso desde que aderiu à Organização Mundial do Comércio (OMC), mas pressiona cada ponto de aplicação das regras da OMC que beneficie a China, enquanto desrespeita as regras que a restringem. Na economia mundial, é um empreendimento criminoso realizar comércio de forma que só a China lucre. Os EUA perderam milhões de postos de trabalho por causa do comportamento descarado da China.
Quando os EUA e outras empresas ocidentais investem na China, ela olha para estas empresas como vítimas a serem ordenhadas. As empresas são despojadas de suas tecnologias – algumas empresas ocidentais foram destruídas após estabelecerem operações na China – e logo encontram competidores na China que comercializam seus produtos pirateados.
Além de roubar as empresas ocidentais na China, as empresas chinesas falsificam quaisquer produtos ocidentais que podem pôr as mãos, custando às empresas ocidentais enormes prejuízos. Além disso, filmes, músicas e livros ocidentais são pirateados em massa. A propriedade intelectual não tem proteção na China.
Suas ações no Mar do Leste da China são um exemplo de como o regime comunista chinês tem se comportado em relação ao mundo.
Ele intimida seus vizinhos mais fracos no Mar do Sul da China, alegando que possuem uma enorme faixa de águas e que não há precedentes no direito internacional que justifique o contrário.
Se for bem sucedida, a jogada da China redefiniria a propriedade dos mares e faria de refém a dinâmica econômica de todas as nações do Leste Asiático. A marinha chinesa controlaria as rotas comerciais de que todos eles dependem – rotas comerciais que a Marinha americana tem protegido, possibilitando a explosão econômica asiática.
Alguns críticos disseram que os movimentos da China na região imitam os do Japão fascista em querer criar uma Grande Esfera Asiática de Prosperidade – a reivindicação da China que ela por direito é superior a todos os seus vizinhos e merece dominá-los numa esfera livre da influência ocidental.
Ao mesmo tempo, os EUA têm procurado engajar-se com a China, para ajudá-la a crescer numa direção sadia, dando-lhe a oportunidade econômica que necessita para enriquecer. Ao mesmo tempo, os EUA têm incentivado a China a liberalizar seu sistema opressivo.
A China tem aproveitado a política de engajamento em cada momento e usado o acesso a seus mercados como um trunfo, insistindo inclusive que os EUA e outras nações ocidentais fiquem em silêncio no julgamento de seus abusos dos direitos humanos.
Quando dois bombardeiros B-52 norte-americanos voaram através do Mar do Leste da China, os EUA traçaram um rumo diferente em suas relações. Em vez de fazer o papel de saco de pancadas, os EUA deixaram claro ao mundo que a criminalidade da China não deve ser tolerada. Bravo.
Stephen Gregory é vice-editor-chefe do Epoch Times