O líder chinês Hu Jintao advertiu o primeiro-ministro japonês Yoshihiko Noda, à margem da reunião da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) na Rússia no domingo, afirmando que as tentativas do Japão de “interferir” na disputa das ilhas Senkaku eram “ilegais e inúteis”.
Japão e China têm estado em desacordo recentemente sobre reivindicações concorrentes pelas ilhas rochosas no Mar da China Oriental. Elas são controladas pelo Japão, mas a China recentemente afirmou reivindicações territoriais sobre elas.
No entanto, as observações de Hu Jintao foram publicadas há menos de uma hora antes de serem removidas de websites do Partido Comunista Chinês (PCC) e outros afiliados de Pequim. Nenhuma explicação foi apresentada sobre as exclusões.
O artigo dizia, “Hu Jintao solenemente ressaltou recentemente que os conflitos da China e do Japão sobre as ilhas Senkaku têm sido desagradáveis. Sobre a questão das ilhas Senkaku, a posição chinesa é consistente e clara. Qualquer medida tomada pelo Japão para ‘interferir com as ilhas’ é ilegal, fútil e a China se opõe firmemente. A postura do governo chinês em proteger o território e a soberania é inabalável.”
O artigo continuava com comentários que Hu Jintao teria dirigido ao primeiro-ministro japonês que, “Os japoneses devem compreender plenamente a gravidade da situação atual, não tomar uma decisão errada e proteger o desenvolvimento das relações sino-japonesas.”
Às 12h30, horário local, em 9 de setembro, o artigo foi removido do grande portal chinês NetEase; um link do Google News tinha o título, “Hu Jintao: Qualquer tentativa do Japão de interferir nas Senkaku são fúteis.” No entanto, quando se clicava para entrar no artigo, uma mensagem aparecia e informava que ele já havia sido apagado.
Poucos minutos antes, a Phoenix, uma emissora de televisão pró-Pequim baseada em Hong Kong, não tinha excluído o artigo do seu website. Mas o artigo original, publicado pela Xinhua, uma mídia estatal porta-voz do regime chinês, mostrava uma mensagem de erro.
O artigo da Phoenix também foi logo apagado e foi alterado para dizer simplesmente que Hu Jintao “expressou a posição da China” sobre o assunto, mas não há detalhes sobre que postura era essa.
Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.