Na última sexta-feira (25), na icônica Avenida Paulista, em São Paulo, muitos transeuntes ficaram consternados e indignados quando foram esclarecidos sobre a extração forçada de órgãos que ocorre há quase três décadas na China e, que nos últimos 15 anos, se intensificou devido a grande perseguição aos praticantes do Falun Gong no país. O website Minghui também confirma que a atrocidade da extração forçada de órgãos afeta cristãos, tibetanos, uigures, dissidentes políticos, ativistas de direitos humanos entre outras minorias.
Apesar da pressão e iniciativa de grupos e instituições que defendem os direitos humanos e de certos governos, o regime chinês continua com essa política genocida, característica dos piores governos ditatoriais da história. Nem mesmo Hitler, o líder nazista, retirou órgãos de pessoas vivas por lucro.
Praticantes do Falun Dafa, cooperaram para coletar assinaturas na Avenida Paulista para a petição DAFOH, uma ONG conhecida em português como ‘Médicos Contra a Extração Forçada de Órgãos’, que denuncia práticas antiéticas relacionadas à medicina. A petição, que será enviada ao Alto Comissariado das Nações Unidas sobre os Direitos Humanos em 30 de novembro de 2014, é resultado de uma compreensão que essa situação é de grande urgência, e que é necessário deter o assassinato em massa dos praticantes do Falun Gong, assim como de outros grupos na China.
O Falun Dafa, também conhecido como Falun Gong, é uma prática tradicional chinesa de qigong guiada pelos princípios de verdade, compaixão e tolerância. Ela começou a ser perseguida em 1999 pelo regime chinês. Desde então os praticantes são torturados, mortos e têm seus órgãos extraídos sem consentimento. Essa política de extermínio vem sendo sistematizada pelo Partido Comunista Chinês, para aumentar dramaticamente os lucros do regime e de suas autoridades mediante um comércio antiético de órgãos para transplante.
Motivos da perseguição ao Falun Gong
Segundo o website Minghui, a perseguição foi resultado do medo do ditador e ex-líder chinês, Jiang Zemin, à enorme popularidade da prática que, em apenas sete anos de divulgação – 1992 a 1999 -, chegou a 100 milhões de praticantes, somente na China. Esse número excedeu o de afiliados ao regime comunista. O temor teve origem nos valores pregados pela prática do Falun Gong — verdade, compaixão e tolerância — que conflitam com e questionam à ideologia ateísta e controle social imposto pelo regime comunista chinês.
O Minghui aponta que 65 mil praticantes do Falun Gong, presos arbitrariamente em cerca de 36 campos de trabalhos forçados, foram assassinados para a finalidade de extrair seus órgãos, assim como outras minorias citadas acima. Entretanto, atualmente os praticantes do Falun Gong são o alvo preferencial do regime chinês, principalmente porque a prática promove o cultivo do corpo e da mente, incluindo meditação, que proporciona boa condição física e, consequentemente, a saúde interna dos órgãos.
Denúncia de extração antiética de órgãos
Este sistema de extermínio humano que vem sendo executado pelo regime chinês viola todos os códigos de conduta humana, de ética e dos direitos humanos mais essenciais. É uma situação extremamente grave, porque a China vem crescentemente impactando a economia mundial, fazendo parcerias e acordos que enchem os olhos dos investidores internacionais enquanto promovem uma carnificina por meio de um sistema maligno de exploração humana.
Para denunciar essa conduta antiética do regime chinês, médicos de diversos países fundaram DAFOH em 2006, que têm investigado e denunciado oficialmente esses crimes do governo chinês e recebido o apoio de parlamentares e advogados de vários países, entre os quais David Matas, um famoso advogado de direitos humanos e David Kilgour, ex-secretário de Estado canadense para Ásia-Pacífico. Juntos e após longas e detalhadas investigações, estes elaboraram dossiês como: Colheita Sangrenta: Relatório revisado sobre as alegações de extração de órgãos de praticantes do Falun Dafa na China e o documentário: Toda a Verdade, que mostram o sistema de assassinato serial, extração forçada e venda de órgãos promovido pelo regime comunista chinês.
DAFOH também têm ajudado países a entender melhor o assunto da ética médica e dos direitos humanos. Com isso, países como: Israel, Austrália, Canadá, Espanha, Itália e outros têm emitido resoluções e novas legislações para combater o tráfico de órgãos proveniente da China, o turismo de transplantes e o treinamento de médicos chineses em seus países.
A petição internacional promovida por DAFOH em 2013 é predecessora da petição de 2014 e reuniu 1,5 milhão de assinaturas em 53 países e resultou na aprovação de uma resolução no Parlamento Europeu e nos Senados da Itália, Austrália, Israel e Canadá contra a extração forçada de órgãos na China.
Para saber mais, veja o documentário: Mortos por Órgãos, que esclarece e sintetiza a situação alarmante que ocorre na China.