Autoridades chinesas reprimem ativistas antes de revisão da ONU

21/10/2013 13:00 Atualizado: 08/11/2013 00:20

O regime chinês está reprimindo ativistas antes de uma importante revisão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), diz um comunicado da ONU, que expressa profunda preocupação com as represálias.

A declaração disse que, de acordo com relatos, ativistas foram ameaçados, presos ou proibidos de participar em manifestações ou impedidos de sair da China no período que antecede a 2ª revisão do histórico de direitos humanos da China pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, prevista para ocorrer em 22 de outubro em Genebra.

“Intimidar os membros da sociedade civil que buscam contribuir para um importante diálogo internacional é totalmente inaceitável”, disseram os especialistas da ONU.

Cao Shunli e Chen Jianfang, defensoras dos direitos humanos, que planejavam participar nas atividades relacionadas com a Revisão Periódica Universal (RPU), foram impedidas de embarcar em voos para Genebra em setembro, disse o comunicado.

A declaração da ONU disse que Chen Jianfang foi informada que estava impedida de viajar ao exterior por toda a vida e que o ativista Cao Shunli foi detido pelas autoridades de segurança em 14 de setembro As autoridades não forneceram qualquer notificação formal sobre a detenção de Cao Shunli, informou a família dela.

Um grupo independente de especialistas em direitos da ONU declarou: “Esses casos parecem fazer parte de um padrão maior de assédio da China àqueles que pedem maior responsabilização dos agentes públicos, transparência e reformas políticas e jurídicas.”

A polícia ameaçou ativistas da sociedade civil chinesa que têm se manifestado desde junho pelo direito de informar e receber informação a respeito do relatório de RPU da China, disse o relatório. Relatos “sugerem que houve atos de represália contra pessoas que procuram cooperar com a ONU”, disse o relator-especial sobre os Defensores dos Direitos Humanos, Margaret Sekaggya.

O regime comunista chinês informou a ONU que tem consultado organizações não-governamentais antes da sessão de revisão e que o esboço do relatório nacional estava disponível em seu site oficial para comentário público.