Autoridade chinesa é recebida com protestos em Portugal

10/07/2014 14:02 Atualizado: 10/07/2014 14:04

O oficial chinês Liu Yunshan encontrou manifestantes do Falun Gong em quase todos os lugares que visitou em Portugal em meados de junho. Liu é um dos perpetradores-chave na perseguição ao Falun Gong na China. Ele foi diretor do Departamento de Propaganda e atualmente é membro do Comitê Central do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC).

Antes de Portugal, Liu encontrou manifestantes que exigiam o fim imediato da perseguição na China, quando visitou a Finlândia e a Irlanda. Como resultado, a agenda de Liu foi mantida em segredo.

Multidão oficial de boas-vindas a Liu danifica sua imagem

Na manhã de 18 de junho, Liu tinha uma visita marcada ao Palácio Nacional de Belém – a residência oficial do presidente português. Os praticantes do Falun Gong estavam a postos, segurando faixas e cartazes com imagens de Liu e as palavras “Levem Liu à Justiça”.

Quando o carro de Liu se aproximou, a multidão oficial de boas-vindas mobilizada pelas autoridades chinesas subitamente agarraram as faixas e cartazes dos praticantes, rasgando-os freneticamente. Eles também empurraram e chutaram os praticantes. Um deles, mais agressivo, começou a pisar nos pertences dos praticantes, incluindo os cartazes de Liu. Os oficiais que acompanhavam Liu ficaram aturdidos e não reagiram há tempo de impedi-lo e tudo foi filmado pela RTP (Rádio e Televisão de Portugal).

Alguém num dos carros da comitiva de Liu baixou a janela enquanto o carro se dirigia em direção aos manifestantes do Falun Gong e cuspiu e xingou os praticantes. A polícia e os repórteres portugueses também testemunharam e gravaram este episódio.

Carreata de Liu muda de rota após identificar manifestantes do Falun Gong

Antes da carreata de Liu chegar ao hotel adjacente ao Monumento das Descobertas onde ele tinha um jantar marcado, a polícia portuguesa já havia limpado o caminho e o esperava. Quando a carreata de Liu se aproximou, o primeiro carro pisou freou, virou e dirigiu-se noutra direção após notar praticantes do Falun Gong com faixas e cartazes, e os outros carros seguiram.

Perplexa, a polícia de Portugal que o aguardava perguntou aos praticantes por que a carreata deixou o local se o caminha estava aberto para passar. Os praticantes explicaram à polícia que o Falun Gong é uma disciplina espiritual tradicional e pacífica e falaram sobre a perseguição brutal e genocida ao Falun Gong que ocorre na China desde 1999. Um dos policiais disse: “Continuem assim. Eu apoio vocês.” Outro policial sinalizou positivamente com os polegares para mostrar seu apoio.

Outro encontro no Porto

Liu deixou Lisboa e foi para o Porto em 19 de junho. Assim que chegou ao Sheraton Hotel, ele encontrou uma multidão organizada por oficiais consulares para dar-lhe as boas-vindas. Um deles disse: “O Falun Gong também está aqui. Vamos bloquear suas faixas.” Porém, as faixas que eles carregavam eram pequenas demais para esconder as faixas do Falun Gong da vista de Liu.

Os praticantes pacificamente ficaram em frente ao hotel por uma hora e com um autofalante expuseram os crimes de Liu contra o Falun Gong. Muitos repórteres das mídias entrevistaram os praticantes.

Pego na saída dos fundos

A última parada de Liu em Portugal foi na Semana Cultural Chinesa. Os praticantes se reuniram nas entradas. Quando Liu chegou, os oficiais em sua carreata tentaram agarrar as faixas e cartazes dos praticantes. A polícia os parou e lhes repreendeu. O pessoal de Liu então arranjou um ônibus e o estacionou entre os praticantes e a entrada principal do centro cultural, assim Liu não veria o protesto.

Enquanto os carros de Liu deixaram o centro de atividades pelo portão da frente, Liu silenciosamente se dirigiu pela saída dos fundos, mas muitos praticantes do Falun Gong o esperando por lá também. Liu correu com a cabeça abaixada.

Muitos eventos programados cancelados no último minuto

Em cada visita de Liu em Portugal, incluindo ao Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa continental, havia praticantes do Falun Gong protestando pacificamente e esperando por ele. Muitas de suas visitas programadas foram canceladas.

A polícia portuguesa, que foi enviada aos locais programados, se perguntou frequentemente por que Liu não apareceu. Aproveitando a oportunidade, os praticantes explicaram os fatos sobre a perseguição a prática e as atrocidades de cometidas pelo regime comunista chinês.

Um deles perguntou: “Eles têm medo dos praticantes do Falun Gong?” Um praticante explicou: “Sim, malfeitores são frequentemente covardes. Eles ficam aterrorizados ao verem faixas e cartazes do Falun Gong e ouvirem os apelos por justiça expondo seus crimes.”

Durante a estadia de Liu em Portugal, os praticantes pediram duas vezes a polícia portuguesa que entregasse a Liu uma carta da ‘Organização Mundial para Investigar a Perseguição ao Falun Gong’ (WOIPFG) dirigida a Liu, mas aqueles em sua carreata se recusaram a recebê-la, dizendo que não podiam receber qualquer correspondência do Falun Gong.

Esta matéria foi originalmente publicada pelo Minghui.org