A gigante chinesa das telecomunicações Huawei negou que represente uma ameaça à segurança nacional da Austrália, após o governo federal australiano se recusar a permitir que a empresa forneça equipamentos para a Rede de Banda-Larga Nacional (NBN) do país.
Agindo sob o aconselhamento de agência de inteligência ASIO, o governo da primeira-ministra australiana Julia Gillard interveio no ano passado, apesar da empresa estatal NBN coapoiar a fabricante de equipamentos Huawei, de acordo com o Australian Financial Review.
A empresa chinesa é propriedade de Ren Zhengfei, um ex-membro do Exército da Liberação Popular, que nunca concordou com uma entrevista à imprensa na China ou no exterior. Ela fornece equipamentos para projetos do governo no Reino Unido, mas tem feito poucas incursões nos Estados Unidos por temores de sua conexão com o regime chinês e possíveis ciberataques da China.
Mas os executivos da Huawei, incluindo John Brumby, ex-premier do Estado australiano de Victoria, e Alexander Downer, ex-ministro australiano das Relações Exteriores, criticaram a ação do governo australiano.
A ação do governo foi “completamente sem sentido”, disse o Sr. Downer à emissora nacional da Austrália.
“Toda essa ideia de que a Huawei esteja envolvida em ciberguerra […] baseada no fato de que a empresa vem da China e que todo mundo na China envolvido com tecnologia da informação está envolvido em ciberguerra […] é completamente absurda”, disse ele.
A Primeira-Ministra Julia Gillard disse que o governo tinha tomado uma “decisão prudente para se certificar de que esse projeto de infraestrutura faça o que queremos que faça.”