O motivo do Haddad querer o IPTU alto para os paulistanos não é apenas punir bairros e eleitores em que ele perdeu as eleições.
A lógica do aumento de IPTU em São Paulo é mais do que isso: É a de tornar a economia da cidade dependente do Governo, acabando com sua iniciativa privada e empreendedorismo.
Basta ver o quadro abaixo para entender:
São Paulo é uma das cidades mais livres do Brasil, em que a população menos depende do governo e aonde o poder público representa menos de 5% do PIB do município.
Isso torna o cidadão paulistano um cidadão de fato. Um homem livre, e não um súdito do Governo.
Para o PT, essa liberdade é mais do que um obstáculo a sua hegemonia de poder e seu “controle social do eleitorado”: É uma situação ideologicamente inaceitável.
A lógica do PT, e de todos os partidos socialistas que já rondaram esse mundo em que vivemos é simples: Controlar a população por meio do controle estatal da economia – Seja diretamente, por meio da extinção da propriedade privada, seja indiretamente ao tornar as empresas e cidadãos dependentes de recursos públicos (Vide BNDES) e regulados/controlados por legislação estatal (Vide as Agências Reguladoras, portarias e as milhares de leis intervencionistas).
Com o aumento do IPTU, o PT espera efetivamente danificar as empresas, negócios e a economia paulistana, forçando um exodo de empregos e empresas da cidade de São Paulo, de forma a efetivamente castrar o maior bastião da oposição democrática ao projeto de poder do socialismo petista.
O aumento do IPTU, imposto pelo Prefeito Haddad e pelo PT é mais do que uma ameaça aos nossos bolsos: É uma ameaça a nossa liberdade e a democracia no Brasil.
Rodrigo Neves é historiador e analista político
Esse artigo foi originalmente publicado no Instituto Liberal