Ativistas contestam as ilhas Senkaku do Japão

16/08/2012 17:57 Atualizado: 21/08/2012 18:22
Ativistas tentaram fincar bandeiras chinesas nas ilhas Senkaku, que são controladas pelo Japão, como uma afirmação da soberania do regime chinês sobre as ilhas desabitadas. (Jingcai Mingren/Weibo.com)

Quatorze ativistas de Hong Kong subiram a bordo de um barco de pesca na quarta-feira e afirmaram a soberania da China sobre ilhas desabitadas controladas pelo Japão. Depois de uma tentativa frustrada de fincar bandeiras, eles foram todos presos.

Sete do grupo caíram do barco e nadaram até uma ilhota às 16h30, carregando cinco bandeiras e cantando o hino nacional chinês. Dois voltaram ao barco, chamado de Bao Diao II ou “Defenda Diaoyu II” (“Diaoyu” é o nome das ilhas em chinês). Depois de serem seguidos por cerca de 30 japoneses da guarda-costeiras e da polícia, todos os ativistas foram presos sob a acusação de entrada ilegal, segundo o Japan Times.

“Os japoneses não têm o direito de nos deter”, disse David Ko, um porta-voz dos ativistas de Hong Kong, à Associated Press. “Este é território da China.”

As cinco pequenas ilhas são inabitadas e se situam no Mar do Sul da China. Houve várias tentativas dos ativistas de alcançarem as ilhas, mas o último pouso com sucesso foi em 1996, pelo mesmo grupo que se aventurou nesta jornada.

O Comitê de Ação pela Defesa das Ilhas Diaoyu foi fundado em 1996. Quatorze dos seus 50 membros embarcam nesta incursão recente, os ativistas encontraram avisos de tempestade e alguns de seus alimentos caíram ao mar, segundo o Wall Street Journal. Eles desembarcaram no 67º aniversário da rendição do Japão na 2ª Guerra Mundial.

O chefe de gabinete japonês, o secretário Osamu Fujimura, afirmou que o Japão possuía as ilhas Senkaku por lei e tem exercido sua posse por mais de um século. Ele afirmou que a soberania do Japão não deve ser questionada, segundo a AP.

O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, foi questionado sobre como resolveriam a situação, “Nós lidaremos com isso em estrita conformidade com a lei”, disse ele, segundo o Japan Times.

Os ativistas foram transferidos para a ilha de Okinawa. O Japan Times disse que eles serão levados a julgamento ou deportados.