Ativistas chineses salvam 400 cães de Festival da Carne

26/06/2013 12:44 Atualizado: 26/06/2013 15:38
Chineses amantes dos animais se preparam para libertar cães resgatados na Associação de Proteção aos Animais da China, após um caminhão que carregava 500 cães que seriam vendidos como carne ser parado numa rodovia em Pequim (STR/AFP/Getty Images)

Ativistas chineses reuniram-se em Yulin, província de Guangxi, para resgatar cerca de 400 cães de um festival local de carne de cachorro, realizado na sexta-feira (21). O Festival do Dia do Cão e da Lichia, realizado anualmente no solstício de verão, testemunhou o abate de 10 mil cães esse ano, segundo a Xinhua, mídia estatal porta-voz do regime chinês.

Mais de 20 ativistas de diferentes cidades chinesas angariaram mais de 100 mil yuanes (US$ 16.273) para comprar os cães no mercado local. Em seguida, eles foram levados para uma fazenda na província de Jiangxi, a cerca de 17 horas de viagem.

Muitos dos ativistas eram budistas, que acreditam que mostrar bondade pelos animais acumula boa fortuna. Esta crença estava em desacordo com a prática comum em Yulin de comer carne de cachorro com lichias no calor do verão.

“O negócio é bom”, disse Lin Zhiwei, pseudônimo de um açougueiro local, ao China Ocidental News. “As pessoas em Yulin gostam de comer carne de cachorro, há uma grande demanda no mercado.”

A Associação de Proteção aos Animais Pequenos da China disse à Xinhua que a prática do abate de cães era anacrônica na sociedade civilizada contemporânea e não satisfazia às normas de saúde e higiene, o que representa um “grande risco para a segurança alimentar”.

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