Ativista chinês sequestrado recebe apoio internacional

07/07/2012 11:00 Atualizado: 07/07/2012 11:00

Edward Royce foi entrevistado pela NTDTV em 29 de junho sobre o caso de Chung Ting-pang. (The Epoch Times)A comunidade internacional está se levantando em apoio a Chung Ting-pang, o engenheiro de Taiwan acusado pelo regime chinês de tentar difundir informações sobre a perseguição ao Falun Gong na TV chinesa. Advogados de direitos humanos, oficiais governamentais e professores deram um passo para expressar seu apoio a Chung Ting-pang e condenar as ações do regime chinês.

O Partido Comunista Chinês (PCC) acusou Chung de tentar interferir nas redes de transmissão da China e ele enfrenta a possibilidade de uma prisão prolongada. No passado, entretanto, o regime chinês executou ou torturou gravemente presos por acusações semelhantes.

Dana Rohrabacher, um congressista norte-americano do 46º distrito da Califórnia, disse, “A comunidade internacional deve ficar de olho nesta situação porque a vida de Chung está em perigo por tentar quebrar o monopólio da informação da ditadura comunista.”

Rohrabacher disse que o PCC tem medo do Falun Gong, “porque é um movimento popular e genuíno baseado nas tradições e cultura chinesa.” “Seu controle [do PCC] sobre a China é muito frágil e depende do terror para manter o poder. Assim, o PCC atinge de forma brutal sempre que se sente ameaçado”, disse ele.

De acordo com Zhang Jinhua, um professor de pós-graduação do Instituto de Jornalismo da Universidade Nacional de Taiwan, o PCC é um governo que destrói completamente os direitos humanos e, já tendo sequestrado Chung Ting-pang, seu próximo alvo pode ser qualquer um. Ele disse que o incidente é ultrajante, pois somente organizações criminosas recorrerem a métodos como o sequestro.

Rohrabacher disse, “O fato de que o PCC muitas vezes recorreu a medidas extrajudiciais para atacar os membros do Falun Gong não só na China, mas em todo o mundo, apenas faz a natureza vil do regime mais óbvia.”

Há um exemplo do que Chung Ting-pang poderia enfrentar. Em 5 de março de 2002, os praticantes do Falun Gong na cidade de Changchun infiltraram nas redes de TV locais e transmitiram programas explicando a verdade por trás da perseguição do PCC contra o Falun Gong. Jiang Zemin, o líder chinês na época, deu ordens secretas para “matar todos os envolvidos”. Mais de 5 mil praticantes do Falun Gong de Changchun foram presos e quase todos foram submetidos a tortura. Pelo menos oito foram mortos e outros 15 condenados de 4 a 20 anos de prisão sem julgamento. No entanto, revelou-se impossível verificar se eles foram os únicos mortos.

Segundo Dong Qianyong, um advogado de Pequim, o que Chung fez não violava a lei e também era a coisa certa a fazer. “Seria absolutamente inaceitável se ele fosse condenado ou morto simplesmente por tentar espalhar a verdade”, disse Dong Qianyong.

Jin Guanghong, um advogado de direitos humanos de Pequim, disse, “Sob o regime de partido único do PCC, o povo chinês não tem liberdade de expressão e de imprensa. Porque eles foram incriminados e difamados [pelo regime], os praticantes do Falun Gong não tem escolha a não ser infiltrarem os sinais de TV para esclarecer os fatos e eu acho que isso é perfeitamente legal e justificável.” “Se existe uma lei que pode ser usada para incriminar praticante do Falun Gong por penetrarem nas redes de TV, então, tal lei é injusta e deve ser abolida”, disse Jin Guanghong.

Annette Lantos, esposa do falecido Tom Lantos e presidente da Fundação Lantos de Direitos Humanos e Justiça, expressou repulsa sobre as ações do PCC. Tanto a Sra. Lantos e seu falecido marido são sobreviventes do Holocausto e ela pediu que o incidente seja divulgado no cenário internacional.

O PCC é conhecido há muito tempo por sua supressão das liberdades de expressão e de imprensa. As tentativas de quebrar essas barreiras à imprensa livre foram feitas por organizações sem fins lucrativos como a Rádio Free Asia (RFA), que transmite programas de rádio em língua chinesa na China que são livres da censura do PCC.

Edward Royce, um congressista norte-americano do 40º distrito da Califórnia e autor da legislação que tornou a RFA permanente, abordou a questão da liberdade de imprensa na China, dizendo, “É realmente essencial para a liberdade humana que se continue a avançar a oportunidade de jornalistas e pessoas na mídia para escreverem sobre o que realmente está acontecendo no mundo e darem e compartilharem essa perspectiva ao redor do mundo.”